Bem-estar mental é desafio cada vez maior para conviver com a pandemia de Covid-19

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ABIMIP faz campanha de atenção aos sete pilares do autocuidado e alerta para a busca do bem-estar psicológico e a autoconsciência

Mais da metade dos brasileiros – 53% – afirmam que seu bem-estar mental piorou durante a pandemia da Covid 19. Este é o principal resultado de uma pesquisa feita pelo Instituto Ipsos, (One year of Covid 19) encomendada pelo Fórum Econômico Mundial. A pesquisa on-line foi realizada com 21.011 entrevistados, mil deles brasileiros, com idades entre 16 e 74 anos, em 30 países. De acordo com o estudo, o Brasil ocupa o quinto lugar entre aqueles que afirmam sentirem seu bem-estar mental piorar na pandemia – a porcentagem é maior apenas na Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%).

Angústia, medo, solidão, insegurança. Ou pior: ansiedade e depressão, são alguns dos sentimentos que os brasileiros já apontaram como consequência das medidas de restrições impostas pela pandemia, como o isolamento social e outras mudanças de hábitos – que incluem a diminuição da prática de atividade física e alimentação ruim, por exemplo.

“A saúde psicológica é muito importante para enfrentarmos os problemas que essa pandemia traz ao nosso dia a dia e, pior, os médicos assinalam que o descompasso psicológico pode trazer efeitos nocivos à saúde como um todo, e a curto prazo”, lembra a vice-presidente executiva da ABIMIP – Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição. Este é um dos motivos pelo qual a entidade realiza a Semana do Autocuidado, detalhando os sete pilares do autocuidado – entre eles está o bem-estar mental e a autoconsciência “A ideia é colaborar para informar e empoderar os brasileiros na busca pela saúde e bem-estar na pandemia, inclusive com a autoconsciência do seu corpo e como agir para cuidar da saúde”, acrescenta Sileci.

Segundo especialistas em saúde mental, muitos brasileiros estão sentindo o impacto da pandemia até mesmo no próprio sono. Segundo pesquisa realizada com 1.874 pessoas, em 24 de julho de 2020, com apoio institucional da ABIMIP, 68% dos entrevistados afirmaram que a pandemia trouxe algum impacto negativo no sono; e esse impacto foi considerado expressivo para 34% ouvidos na amostra. Junte-se a isso o fato de que, segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa o quinto lugar no mundo em taxa de depressão, a necessidade de manter a mente calma – e controlar o estresse que estes tempos de pandemia impõem – é uma questão imprescindível atualmente.

Para melhorar o sono, por exemplo, é recomendado criar um verdadeiro ritual de preparação para dormir. Esse ritual deve incluir, por exemplo: não mexer no celular horas antes de deitar e evitar assistir programas violentos pelo menos duas horas antes de ir para a cama. “Mais do que nunca é preciso manter a mente quieta. Exercícios de meditação, respiração e relaxamento, podem ajudar”, sugere Marli Sileci, da ABIMIP.

Por outro lado, psicólogos e psiquiatras acreditam que o contato via videochamada e telefone com amigos e parentes também auxilia na busca pela vida mais alegre na pandemia. Ao mesmo tempo, é indicado evitar discussões entre membros da família e até com os amigos nas redes sociais. A recomendação de psicólogos é tentar se cobrar menos e ser mais paciente com família e amigos.

Além disso, é preciso limitar o tempo gasto com notícias negativas e evitar ao máximo o consumo em excesso de álcool e de cigarro. “Estamos vivendo um momento totalmente inusitado nas nossas vidas e as emoções e sentimentos negativos devem ser evitados de modo a nos trazer mais paciência e aceitação”, completa Marli Sileci, da ABIMIP.

Crédito da imagem: Freepik

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