Pedra nos rins: saiba mais sobre a doença e como preveni-la

Dissatisfied African American woman holds aching hip, has kidney inflammation, touches location of pain near ribs marked with red dot, wears sport bra, shows perfect figure, has sporty shaped body

Brasil tem índice de 5% de toda população com pedras nos rins, especialista do HSANP explica que a melhor prevenção é beber bastante líquido, além de evitar o sal e uma dieta hiperprotéica

Os cálculos renais, também conhecidos como pedra nos rins, são uma massa semelhante a pedras que podem-se surgir em qualquer local do sistema urinário, fruto, muitas vezes, de uma alimentação rica em proteína e sódio. Além disso, a pouca ingestão de líquidos durante o dia resulta em uma urina mais concentrada, capaz de aumentar o risco da formação da pedra. Dados da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que até 13% da população mundial possuem cálculos renais e, no Brasil, esse índice é de 5% dos cidadãos.

Entre os principais sintomas da doença estão uma intensa dor, também presente quando a pessoa urina, e febre acima dos 38ºC em caso de crises. Frente aos sinais indicativos da enfermidade, é importante consultar um médico especialista, como um nefrologista ou urologista, para que sejam feitos exames e iniciado o melhor tratamento. “O que leva à formação de cálculos renais é um conjunto de fatores como histórico familiar; pouca ingestão de água, pois a falta de líquidos acaba concentrando mais a urina; e algumas alterações importantes, como certas doenças endócrinas, que elevam a formação de cálcio no sangue ou ainda doenças inflamatórias do intestino. A falta de atividade física, o sedentarismo e a obesidade também são fatores de risco”, explica Alexandre Mannis, nefrologista do HSANP.

Prevenção e quantidade de água ideal para cada pessoa

Segundo o especialista, o cálculo renal costuma atingir duas vezes mais homens que mulheres, além de ser uma doença característica de pessoas jovens, principalmente entre os 40 e 50 anos. “Tomar água aumenta o fator protetor na medida que nós temos o aumento do fluxo urinário ao consumirmos mais líquidos. Nesse sentido, vale destacar que normalmente a ingestão de água varia entre 30 e 35 ml por quilo de cada pessoa. Por fim, também é muito importante evitar segurar a urina”, afirma Mannis. O nefrologista também explica que é recomendável ter uma alimentação pobre em sal. Além disso, para as pessoas que são potencialmente formadoras de cálculos, também não é recomendado uma dieta hiperproteica. Outra maneira de prevenção é pesquisar por meio de exame se há alguma alteração para risco de formação de cálcio no sangue para poder agir de forma preventiva.

Tratamento

Em meio a uma crise de cólica renal, a primeira medida é o alívio imediato das dores com o uso de analgésicos administrados por via intravenosa. Isto geralmente acontece em ambiente de um pronto-socorro. Apesar da dor intensa, sabe-se que aproximadamente 75% dos cálculos renais são passíveis de eliminação espontânea na urina se houver um esquema de hiper-hidratação momentânea que force a eliminação. Os 25% restantes, provavelmente vão necessitar de um tratamento urológico com diuréticos para a sua remoção.

Outra opção de tratamento para os cálculos já formados é a litotripsia extracorpórea por ondas de Choque (LEOC), método não invasivo, realizado ambulatorialmente, que dispensa internação hospitalar e anestesia. “De toda forma, é fundamental a sua retirada em no máximo duas semanas para não ocorrer um dano definitivo nos rins, além do maior risco para infecção”, conclui o especialista.

Related posts

Abramge considera resultado econômico-financeiro divulgado pela ANS positivo,  mas sugere cautela antes de celebrar o resultado

Setembro Amarelo: especialista dá dicas sobre a importância dos tratamentos para saúde mental

Infectologista do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição fala sobre novo desafio para a saúde brasileira