Vencedores destacam prestígio da premiação concedida pela Federação Brasileira de Hospitais
Uma noite regada de boa música e um grande encontro de líderes do setor saúde do Brasil, além de senadores, deputados e grandes jornalistas. A pauta para a ocasião foi ainda mais especial. O momento foi para coroar os comunicadores de todo o país que venceram a 4ª edição do Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo. A premiação é um reconhecimento da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), em parceria com a HapVida, destinado a jornalistas de todo o país que se dedicam a aumentar a qualidade dos serviços de saúde. A solenidade aconteceu na terça-feira, dia 27 de novembro, no Espaço Unique, em Brasília – DF.
O Prêmio Synapsis foi criado em 2015 e vem conquistando cada vez mais visibilidade. “Essa premiação nasceu com o propósito de estender o debate sobre a saúde e reconhecer, valorizar e difundir trabalhos inéditos de jornalismo”, explicou o presidente da FBH, Aramicy Pinto. A 4ª edição contou com mais de 200 trabalhos inscritos, mas apenas quatro jornalistas de cada categoria – Impresso, Internet, Tv e Rádio – foram escolhidos por apontarem as melhores reflexões, soluções e referências que possam ser aplicadas na melhoria do setor.
A cada edição, três jurados da área de comunicação realizam o julgamento dos trabalhos inscritos. Neste ano de 2018, participaram do processo de seleção dos jornalistas vencedores, o professor e pesquisador do curso de Jornalismo da Universidade de Brasília (UnB), Solano Nascimento; a repórter da Rádio CBN e editora chefe da Revista Evoke, Basilia Rodrigues; e a produtora executiva da Tv Câmara em Brasília, Gabriela Pantazopoulos. Após a análise minuciosa de cada reportagem, obedecendo os critérios de avaliação do regulamento, a comissão julgadora participou do ‘Dia dos Jurados’, realizado na FBH, no dia 10 de novembro, e, juntos, definiram os vencedores do Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo.
Para Basilia, a experiência de ser jurada do Prêmio Synapsis foi única e gratificante. “Algumas reportagens realmente me emocionaram, outras me fizeram refletir sobre temas novos da saúde, fugindo daquele factual, do imediatismo. Eu notei que vários jornalistas buscaram fontes interessantes, personagens novos para contar histórias para os seus leitores, seus ouvintes, e seus telespectadores. Até mesmo na abordagem de temas comuns na área da saúde, vários inscritos buscaram dar enfoques diferenciados nas suas matérias para poder ganhar essa premiação, que é super importante e está aí para incentivar a produção de conteúdo novo, original, imparcial, seja para tratar dos pontos positivos, como também nas questões negativas da área da saúde”, relatou.
Os jornalistas que se destacaram e venceram o prêmio de 2018 foram: na categoria Impresso, a jornalista Mônica Manir (Rio de Janeiro), da revista Piauí; na categoria Internet, Nayara Felizardo (Piauí), do site The Intercept Brasil; na categoria TV, Suzana Guimarães (Brasília), da Tv Brasil; e na categoria Rádio, José Renato Ribeiro (Rio Grande do Sul), da Rádio Santa Cruz. Os finalistas foram reconhecidos nacionalmente e levaram como premiação um cheque no valor de R$ 10 mil.
Reportagens
Durante a solenidade, a primeira categoria a ser premiada foi a de TV. A reportagem vencedora foi ‘Cicatrizes da Tristeza’, do programa Caminhos da Reportagem da TV Brasil, de Brasília. A matéria abordou a automutilação, tratando a temática com bastante responsabilidade, ouvindo profissionais da área de saúde, pessoas que se automutilam ou já se automutilaram, familiares,
psiquiatras, psicólogos, professores e pedagogos. A equipe de reportagem visitou escolas públicas em Recife, Pernambuco, estado em que, segundo pesquisas acadêmicas, a automutilação tem se tornado cada vez mais comum.
De acordo com Suzana Guimarães, o assunto abordado tem um tema delicado, importante e sério. “O tema foi escolhido para que esse assunto venha à tona e seja mais debatido entre educadores, pais, familiares e também pela mídia. Fiquei feliz por nosso trabalho ter sido reconhecido. Essa valorização nos mostra quantos assuntos sobre a Saúde merecem ser debatidos e ampliados cada vez mais. Eu acho muito relevante os meios de comunicação abordarem temas sensíveis com mais amplitude, para que as pessoas identifiquem os problemas, saibam do acesso a questões de saúde. Eu acho que esse prêmio, além de valorizar a mídia, nos incentiva mesmo a produzir mais conteúdo para que a gente leve o conhecimento a sociedade”, afirmou a vencedora da categoria TV.
A reportagem vencedora da categoria Impresso foi ‘Dançando no Escuro’, da Revista Piauí. A matéria conta o drama dos que convivem com o Huntington, doença degenerativa, hereditária e incurável. A repórter Mônica Manir foi a Ervália, em Minas Gerais, um dos enclaves dessa enfermidade, e ao Vaticano, onde o papa Francisco recebeu pacientes, familiares e profissionais que lidam com a doença. “Há muitas dificuldades para fazer esse tipo de cobertura de saúde no Brasil. É uma área muito delicada, muito vulnerável. Acredito que o Prêmio Synapsis foi fundamental, trazendo ainda mais motivação”, declarou.
‘A cidade em que o agrotóxico glifosato contamina o leite materno e mata até quem ainda nem nasceu’ é o tema da matéria do site de notícias The Intercept Brasil, vencedora na categoria Internet. A reportagem destaca como, no interior do Piauí, uma pacata cidade enriquece à base de glifosato e soja. O dinheiro chega para os fazendeiros e a população fica com as doenças. Para a autora
Nayara Felizardo, escrever sobre esse assunto foi emocionante e, ainda mais comovente foi saber que foi reconhecido nacionalmente por uma entidade tão importante para a saúde do Brasil.
“O que eu acho mais importante destacar é saber a tamanha importância que a Federação Brasileira de Hospitais tem no setor saúde do país. E, quando ela propõe prêmios como esse voltado para jornalistas, ela se responsabiliza, se solidariza com a pauta. É uma força a mais para que todos enxerguem um problema que trazemos nas matérias que, até então, pouca gente estava olhando. Eu acho todos os assuntos ligados a área da saúde são muito sensíveis, muito importantes, então saber que existem prêmios como esse, estimulam a gente a buscar fazer com que a pauta seja ainda melhor”, disse Nayara.
Já na categoria Rádio, a reportagem vencedora é ‘Comércio de rins’, da Rádio Santa Cruz, do Rio Grande do Sul. “Mostrei um esquema que comercializa ilegalmente órgãos humanos. Por causa dessa matéria que fui reconhecido no Prêmio Synapsis, eu acabei atentando em fazer matérias mais contextualizadas, mergulhar nos fatos e fazer o melhor possível. Com certeza esse foi um prêmio que vai me ajudar bastante a aperfeiçoar ainda mais as minhas pautas daqui pra frente”, comentou José Renato Ribeiro.
Para finalizar a solenidade de premiação, o presidente da FBH destacou o prestígio que o Prêmio Synapsis alcançou nestes últimos quatro anos e agradeceu a participação de todos os inscritos que contribuíram para o aperfeiçoamento do debate propositivo sobre o sistema de saúde brasileiro. “Nesta edição foram 211 jornalistas que se inscreveram. Estamos, mais uma vez, felizes com o resultado. É um reconhecimento a uma categoria que nós passamos a admirar mais ainda depois que passamos a premiar. Um agradecimento especial aos jurados que fizeram o julgamento dos trabalhos de maneira exemplar, com toda a competência e lisura que a organização exige”, concluiu Aramicy Pinto.
O Prêmio Synapsis é patrocinado pela Hapvida e conta com o apoio institucional da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO); Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED), ComSaude – FIESP, Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde); Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH); Grupo Mídia; Hospitalar e HospitalMed.
Confira as fotos da 4ª edição do Prêmio Synapsis FBh de Jornalismo
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