No terceiro dia do 61º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia, foram realizados debates cruciais sobre tópicos fundamentais para a saúde da mulher. Dentre os temas discutidos estavam a ginecologia endócrina, oncológica, contracepção, climatério, medicina fetal e pré-natal, abordando aspectos significativos dessas áreas que impactam diretamente o bem-estar feminino.
Um dos momentos de destaque do dia foi o Fórum de Mortalidade Materna, que contou com a participação ativa do Ministério da Saúde. O foco principal deste evento foi a prevenção da gravidez indesejada, considerado o primeiro passo essencial no combate à mortalidade materna. Reduzir a ocorrência de gestações nos extremos etários é essencial, assim como limitar o número de filhos, fatores fundamentais para a promoção da saúde materna. Além disso, discutiu-se a necessidade de aprimorar a organização do sistema obstétrico no país, visando evitar que as mulheres enfrentem patologias obstétricas que, em grande parte, são evitáveis.
O presidente da Comissão de Mortalidade Materna, Marcos Nakamura, enfatizou a relevância desta temática ao longo do congresso. “Desde o programa oficial, foram dedicados diversos momentos para discutir a mortalidade materna, suas causas e estratégias de enfrentamento, especialmente diante da realidade que afeta as mulheres no Brasil e globalmente. Temos que persistir nessa batalha, considerando que o Brasil ainda está distante dos níveis preconizados para o desenvolvimento sustentável, que visam atingir uma taxa de 30 mortes maternas por cada mil nascidos vivos até 2030. Todos os esforços são essenciais para alcançar essa meta e reduzir significativamente as mortes maternas no país”, pontuou.
Sobre o tema “Vacinação”, a ginecologista Cecília Maria Roteli Martins, presidente da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da FEBRASGO, esteve presente durante sessão onde o assunto foi debatido com a participação de especialistas. “Estamos reunidos para discutir a importância da vacinação e o problema que enfrentamos hoje da hesitação vacinal no país. Nós sabemos que, em breve, essa situação será refletida na saúde da população”, enfatizou a especialista.
Com relação aos conteúdos científicos, alguns dos temas apresentados foram: Aspectos relevantes no câncer ginecológico, Terapêutica hormonal da menopausa em situações de risco, Qualificando o pré-natal com ações que impactam a vida da mulher, Cirurgia Robótica em Ginecologia, Novas Recomendações para o Ganho de Peso Gestacional – Impacto nos resultados maternos e perinatais e em longo prazo, Erotização virtual, Cibersex e tecnologias a serviço do prazer sexual, Diagnóstico e manejo do abortamento, Vacinação contra HPV: Novas formulações, diferenças entre a vacina HPV quadrivalente e a vacina HPV nonavalente, Acesso ao aborto legal no Brasil: Realidade atual e interação entre os serviços, Novidades Ético-legais na Gineco-Obstetrícia, Infecção do trato urinário em Gineco-obstetricía, Infecção do trato urinário em gestantes, Cuidados aos transgêneros, Desafios no aleitamento materno, dentre muitos outros.