Apenas 18% das empresas investem em programas de saúde mental, de acordo com Mercer
Nove em cada dez brasileiros ativos no mercado de trabalho apresentam sintomas de ansiedade e os transtornos mentais e emocionais são a segunda causa de afastamento do serviço, segundo estudos realizados pela International Stress Management Association no Brasil. Apesar disso, apenas 18% das empresas investem em programas de saúde mental, de acordo com a consultoria Mercer.
Foi para auxiliar as organizações a construírem uma cultura de atenção primária à saúde mental que surgiu a BeeTouch, pioneira na mensuração digital de risco psicológico e em avaliações psicológicas digitais. Desde 2012, a startup oferece ferramentas ágeis e eficientes para gerir o risco em saúde mental dos colaboradores por meio de data science, aliando inteligência, precisão e qualidade na análise de resultados.
A psicóloga e fundadora da empresa, Dra. Ana Carolina Peuker, aponta que, por existir estigma e falta de conhecimento em relação às questões de saúde mental, muitas vezes as pessoas não percebem que podem ter problemas atrelados ao nível exacerbado de estresse em relação ao trabalho ou a um transtorno ansioso. Além da falta de conhecimento sobre o tema, muitos gestores podem pensar que o tratamento é oneroso – ou podem simplesmente não saber “por onde começar” e onde encontrar as ferramentas necessárias para a gestão eficiente.
No entanto, os líderes precisam estar cada vez mais atentos à saúde mental de seus funcionários, já que ela afeta diretamente os resultados e a sustentabilidade dos negócios – um estudo da PwC já mostrou, por exemplo, que um profissional feliz é 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e vende 37% mais. É importante lembrar que cada empresa possui demandas específicas em saúde, que precisam ser identificadas ao se determinar ações e escolher benefícios.
“Apesar de gerar impacto nas equipes, a saúde mental não é discutida na maioria das organizações, sendo que eles podem ser prevenidos através de ações e ferramentas, que visam o diagnóstico precoce e a rastreabilidade do risco psicossocial. Também deve-se incentivar e orientar os colaboradores sobre a adoção de um estilo de vida saudável, oferecer psicoeducação sobre saúde mental e acesso a tratamentos de qualidade, alinhados com as necessidades identificadas. De forma conjunta, essas ações podem melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, os resultados da organização, reduzindo significativamente a sinistralidade”, afirma Ana Carolina Peuker, CEO da BeeTouch.
Hoje, o mercado dispõe de tecnologia de navegação por satélite que mostra como evitar obstáculos, acidentes e o melhor caminho de forma mais ágil e precisa. Na saúde mental não deve ser diferente: somente com base em um diagnóstico bem conduzido é possível determinar o itinerário mais eficiente e assim é com as questões psicológicas. Portanto, é obrigação das empresas investir em cuidados para com os seus colaboradores. Ao monitorar digitalmente possíveis riscos à saúde mental de forma preditiva, é possível evitar situações que possam gerar ao funcionário e à organização.