Doença é responsável por cerca de 25% de todos os casos de câncer infantil; diagnóstico precoce é fundamental para elevar as chances de cura
As leucemias agudas representam o tipo de câncer mais comum em pediatria, com cerca de 25% dos casos. No Hospital do GRAACC, referência no tratamento de casos de alta complexidade de câncer infantojuvenil, dados mostram que a sobrevida global em cinco anos para a doença é de 79%. Para ajudar pais e responsáveis a identificar sinais e possíveis sintomas da leucemia, o hospital preparou uma cartilha digital: “Leucemias Agudas na infância: como identificar e o que fazer?”. O material está disponível no site do GRAACC.
“As leucemias se originam dentro da medula óssea, onde estão as células formadoras de sangue: as células-tronco. Elas são responsáveis pela produção de células progenitoras, que podem se tornar glóbulos vermelhos, glóbulos brancos ou plaquetas. A leucemia resulta da alteração genética, ou seja, do DNA, que causa falha neste processo de produção e maturação das células”, explica a Dra. Ana Virgínia Lopes de Sousa, oncologista pediátrica do Hospital do GRAACC especializada no tratamento de leucemias.
Na infância, as chamadas Leucemias Linfoides Agudas (LLA) são o tipo mais frequente, correspondendo entre 80% e 85% de todas as leucemias na faixa etária de 0 a 14 anos. A boa notícia, segundo Dra. Ana Virgínia, é que as chances de cura são altas. “É sempre importante ressaltar sobre a importância do diagnóstico precoce, além da realização do tratamento em centros médicos especializados. Por isso, elaboramos essa cartilha para que seja fonte de consulta para pais, familiares, professores, pediatras e demais profissionais da saúde”, diz a oncologista.
Atenção aos sinais e sintomas da leucemia na infância:
- Anemia;
- Febre persistente e infecções de repetição;
- Hematomas, hemorragias e sangramento das gengivas;
- Dor nos ossos ou nas articulações;
- Inchaço do abdome;
- Aumento progressivo dos linfonodos (ínguas);
- Fadiga e fraqueza.
“Caso alguns desses sintomas seja observado, é preciso levar a criança ou adolescente ao médico para uma investigação mais detalhada e, se necessário, o encaminhamento para tratamento em hospitais especializados em oncologia pediátrica, como o Hospital do GRAACC”, finaliza Dra. Ana Virgínia.