O superintendente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Luiz Fernando Silva, participou, nesta terça-feira, 24, da entrevista coletiva promovida pelo Ministério da Saúde, no auditório Emílio Ribas, em Brasília, para apresentação das estratégias de atuação do programa “Agora Tem Especialistas”. A coletiva foi conduzida pelo ministro Alexandre Padilha.
A iniciativa do Governo Federal busca reduzir filas e ampliar o acesso da população aos atendimentos especializados no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de parcerias com hospitais privados e filantrópicos de todo o país.
O programa é uma resposta concreta a uma das principais demandas da saúde pública brasileira, que é a falta de acesso a consultas, exames e procedimentos especializados. Por meio de contratos com a rede privada e filantrópica, a parceria pretende acelerar o atendimento, garantir resolutividade e, ao mesmo tempo, fortalecer a sustentabilidade econômico-financeira de hospitais, especialmente os de pequeno e médio porte que, historicamente, enfrentam grandes desafios para se manterem operando.
Durante sua participação, o superintendente da FBH destacou a importância estratégica do programa tanto para a população quanto para a sustentabilidade da rede hospitalar brasileira.
“O ‘Agora Tem Especialistas’ representa um avanço não apenas para quem está na fila esperando uma consulta ou um exame, mas também para os pequenos e médios hospitais, que são fundamentais para a assistência em milhares de municípios brasileiros. Essa parceria tem o poder de transformar vidas, reduzir desigualdades e fortalecer o SUS com a força da rede hospitalar privada e filantrópica”, afirmou Luiz Fernando.
O dirigente também ressaltou um ponto sensível que afeta especialmente os hospitais de menor porte, que é o peso das dívidas tributárias.
“Aproveitei e também levei ao ministro a preocupação da FBH com as dívidas tributárias dos pequenos e médios hospitais, especialmente aquelas junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). São passivos, muitas vezes, impagáveis, que sufocam financeiramente essas instituições. Este programa, ao permitir que esses hospitais atuem de forma mais intensa na oferta de serviços especializados, também cria uma oportunidade de fortalecer sua saúde financeira”, completou.