ABCDT celebra criação do Dia D da Diálise

O Dia Nacional da Diálise acaba de ser sancionado pelo Governo Federal e será na última quinta-feira do mês de agosto. A Lei nº 14.650, de 23 de agosto 2023, foi publicada no Diário Oficial com o objetivo de conscientizar sobre doenças renais e prevenir o seu agravamento, fatores de risco, comorbidades e a diálise.

A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) já realiza a campanha Vidas Importam – A diálise não pode parar nessa data, desde 2018, buscando apoio de instituições públicas e privadas em ações de valorização do tratamento que garante a vida de mais de 155 mil brasileiros e que vem enfrentando dificuldades por conta da tabela SUS defasada.

A criação da data teve amplo apoio do Deputado Pedro Westphalen, autor do projeto de lei, e do Senador Nelsinho Trad, relator do projeto no Senado. De acordo com a Agência Senado, a lei prevê a realização de eventos, seminários, palestras e debates sobre tema. Promovidas por autoridades sanitárias, profissionais de saúde e sociedade civil, as ações devem ser divulgadas na mídia e mostrar o quanto a prevenção e o tratamento são fundamentais para a qualidade de vida e sobrevivência dos pacientes renais.

O presidente da ABCDT, Yussif Ali Mere Junior, explica que esse ano o Ministério da Saúde concedeu um reajuste de 10,3% em resposta ao pleito do setor por uma readequação da Tabela SUS, que define os valores pagos pela pasta aos prestadores de serviço, mas não será ainda suficiente. “As clínicas de diálise
enfrentam uma crise, pouquíssimos municípios e estados complementam a verba para a diálise e agora o temor dos prestadores de serviço se acentua. Isso porque também estão recebendo respostas negativas de prefeituras e governos sobre o repasse para o pagamento do piso da enfermagem. Vemos o número de pacientes precisando dialisar aumentando, muitos hoje internados em hospitais, e outros até perdendo a vida por falta de atendimento preventivo. Na rede privada, o número de pacientes de diálise cresceu três vezes mais do que no SUS nos últimos 10 anos. Precisamos olhar com atenção a saúde renal dos brasileiros na rede pública. Tratar antes diabetes e hipertensão e evitar a doença renal. Esse é o nosso clamor”.