A Acupuntura está completando quarenta anos de organização como especialidade médica em nosso país. Antes disso, já havia muitos médicos dedicados ao seu exercício, mas sem uma articulação entre eles.
Foi em 20 de junho de 1984 que, pela primeira vez, médicos se organizaram coletivamente, frente à sociedade e às autoridades, criando uma entidade médica brasileira de acupunturiatras.
Segundo Fernando Genschow, Diretor de Defesa Profissional do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA), “Esse foi um marco importante, pois propiciou apoio mútuo para um desenvolvimento coletivo, resultando em aprofundamento do conhecimento, em perícia na habilidade, em excelência na técnica, em sensibilidade na arte e em esmero na assistência.”
Graças a esses progressos, baseados em competência e dedicação persistente, a Acupunturiatria brasileira conquistou três marcos que a Acupuntura mundial só detém igualmente na China, sua terra natal: ser especialidade reconhecida por todas as instâncias médicas de nosso país e por todos os poderes executivos, legislativos e judiciários da República (desde 1995); ser especialidade médica implantada universalmente no serviço público de atenção à saúde (desde 1988); e constituir programa de residência médica nacionalmente autorizado e institucionalizado (desde 2002).
Mais ainda, há um importante quarto marco, que nem a própria China possui: desde 2011, a Acupunturiatria integra oficialmente, juntamente com outras oito selecionadas especialidades médicas, a Área de Atuação em Dor, regulamentada pela Associação Médica Brasileira e pela Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da Educação, com todas as prerrogativas daí decorrentes.
Além disso, a Acupunturiatria se tornou a especialidade médica com o maior acervo de decisões judiciais vitoriosas contra a prática ilegal de medicina, detendo um patrimônio jurisprudencial único e já muito útil e frequentemente utilizado pelo Conselho Federal de Medicina e diversas outras entidades médicas.
Tudo isso vem resultando numa especialidade prestigiada no meio médico pela alta resolutividade em suas intervenções, e especialistas reconhecidos por dedicação e competência, não somente no campo terapêutico, mas também na luta pelas causas médicas e pela preservação de riscos dos pacientes. Uma especialidade que possui raízes médicas históricas profundas e progride por meio de atualização constante e cada vez maior nos conhecimentos da Medicina contemporânea.