O evento, que acontece de forma online e gratuita entre os dias 18 e 24 de outubro, vai discutir questões a respeito dos desafios globais que impactam o bem estar da população mundial
A Covid-19 deixou em evidência a importância de uma política de saúde global alinhada entre todas as nações, para tentar garantir a oferta de serviços básicos a toda população. Para discutir a temática, a Ânima Educação e a Inspirali se unem a estudantes de oito países na realização do Global Health – Congresso Internacional de Saúde Global. Com o tema ‘Equidade em Saúde: um desafio global’, médicos, economistas, cientistas políticos e advogados de diferentes partes do mundo vão discutir aspectos que dificultam a garantia da universalidade do acesso à direitos básicos de saúde entre os dias 18 e 24 de outubro, com o objetivo de encontrar soluções para as dificuldades vivenciadas. O evento acontece de forma on-line e as inscrições podem ser feitas gratuitamente por meio do site https://eventos.congresse.me/ sessao/signin.
Palestrantes como Matheus Falcão, Mestre em Ciências Políticas e Gestão de Serviços Públicos de Saúde pela FPH-USP, Fabrizzio Carnival, Consultor em Fortalecimento da Participação de Jovens e Adolescentes na Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde e Sat Bir Singh Khalsa Ph.D., Diretor de Pesquisa da Yoga Alliance e do Kundalini Research Institute, vão discutir questões como doença infecciosas, conflitos, migrações, meio ambiente e mudanças climáticas, segurança e insegurança alimentar, e feminismo pelo mundo. Em 2020 o evento contou com o envolvimento de 10 países na comissão organizadora, além de palestrantes de 28 nações.
Luísa Teixeira, estudante do 11º período de Medicina no UniBH, instituição de ensino de Minas Gerais que faz parte do Ecossistema Ânima, é idealizadora e Presidente do Global Health, conta que a ideia de criar um evento sobre saúde global surgiu da necessidade de colocar em pauta como fatores sociais são determinantes no processo saúde-doença. “Muitas vezes, estudantes e profissionais não percebem que ações como mudanças climáticas, conflitos e migrações têm um impacto direto na saúde das populações. É necessário analisar toda conjuntura para debater e evidenciar a importância de lutar pela garantia dos direitos básicos”, ressalta.
Além das palestras, acontecerão momentos de intercâmbio cultural. Por meio dos grupos de trabalho, os participantes serão divididos em pequenas equipes, com o máximo de 20 pessoas, para debater os temas do congresso em reuniões mensais, disseminando o conhecimento sobre saúde global. Os encontros podem ser baseados em livros, artigos, filmes ou relatos de experiência, onde a partir das discussões serão produzidos artigos científicos e conteúdos educacionais de acesso livre nas redes sociais.
Em sua segunda edição, o Congresso vai mostrar que a promoção da equidade em saúde, em todo mundo, deve ser encarada como prioridade e debatida assim como os conflitos de fome, mudanças climáticas, migrações e as epidemias, fatores que determinam o processo saúde-doença. Durante o evento acontecerá um debate aprofundado sobre saúde, política e economia, a partir de uma visão multilateral, com o objetivo de trazer informações de qualidade, promover o intercâmbio de ideias, estimular a busca por soluções para desafios globais e levar à reflexão sobre o que determina a saúde.
Para Marconi Augusto, professor da Inspirali, realizar um evento com a participação de profissionais internacionais da saúde, do direito e das ciências sociais amplia a visão do estudante sobre a importância do seu papel como médico na garantia dos direitos à saúde. “O Global Health vai oferecer ao aluno a possibilidade de ter uma visão global sobre os problemas que vão chegar para ele na ponta, nos hospitais e postos de saúde. É importante entender e conhecer o contexto, a raiz do problema do paciente, para que ofereça cuidados mais condizentes com sua realidade, além de ter maior compreensão sobre seu papel social”, completa.