Medicamento da Amgen é indicado na onco-hematologia para o tratamento de dois tipos de câncer e para três doenças inflamatórias crônicas
O medicamento biossimilar da molécula rituximabe, produzido pela Amgen, obteve aprovação pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para tratamento de cinco doenças, sendo dois tipos de câncer e três patologias inflamatórias. Assim como o biológico originador, o biossimilar terá indicação para linfoma não Hodgkin e leucemia linfoide crônica, além de artrite reumatóide, granulomatose com poliangiite e pênfigo vulgar.
Esse é o quinto medicamento biossimilar da Amgen a obter aprovação no Brasil, sendo o primeiro com duas categorias de indicação aprovadas simultaneamente – doenças onco-hematológicas e inflamatórias crônicas. No portfólio brasileiro de medicamentos biossimilares, a Amgen acumula outras quatro moléculas – trastuzumabe e bevacizumabe na oncologia, e adalimumabe e infliximabe para tratamento de doenças inflamatórias crônicas.
“Os biossimilares são fundamentais para o cuidado dos pacientes que convivem com doenças complexas e crônicas, pois têm potencial de ampliar o acesso aos tratamentos, além de contribuir com o sistema de saúde no País”, afirma Dr. Alejandro Arancibia, diretor médico da Amgen Brasil.
O novo medicamento reforça o legado de mais de 40 anos da Amgen em pesquisa e desenvolvimento em biotecnologia, aplicado a ciência por trás dos biossimilares, através da sua herança, expertise, compromisso e suporte a pagadores, médicos e seus pacientes.
Indicações
O biossimilar de rituximabe tem indicação para cinco doenças, sendo duas onco-hematológicas e três inflamatórias, de origem autoimune. O mais incidente de todos é o linfoma não Hodgkin, que atinge pouco mais de 12 mil pessoas por ano, com quase cinco mil mortes, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). Com origem nas células do sistema linfático, que integra o sistema imunológico e auxilia no combate a doenças, esse tipo de câncer pode surgir em qualquer lugar, uma vez que o tecido linfático é encontrado em todo o corpo. Acomete crianças, adolescentes e adultos1.
Outra indicação do medicamento é para leucemia linfoide crônica (LLC), doença que também pode afetar o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções. Ela ocorre quando as células cancerígenas substituem gradualmente as células saudáveis produzidas pela medula óssea2. É um câncer do sangue. Na maioria dos casos, atinge pessoas com mais de 50 anos3.
No segmento imunológico, o medicamento é indicado para artrite reumatóide, doença inflamatória crônica que pode afetar várias articulações. A causa é desconhecida e acomete as mulheres duas vezes mais do que os homens. Inicia-se geralmente entre 30 e 40 anos, e sua incidência aumenta com a idade. Também podem ser afetados outros órgãos e tecidos, como pele, unhas, músculos, rins, coração, pulmão, sistema nervoso, olhos e sangue4.
Outra indicação do medicamento é para granulomatose com poliangiite, doença sistêmica caracterizada por inflamação granulomatosa necrotizante (nódulos que podem levar à necrose local) e vasculite, que envolve principalmente o trato respiratório superior e inferior, bem como os rins. A incidência anual descrita varia entre 2,1 e 15 por milhão5.
A quinta e última indicação do medicamento é para pênfigo vulgar, doença autoimune caracterizados pela formação de bolhas na pele e, às vezes, também em mucosas como boca, garganta, olhos, nariz e região genital6. Potencialmente fatal, a doença tem incidência de 0,1 a 0,5 casos novos por cem mil habitantes por ano. Acomete pessoas usualmente entre a quarta e sexta décadas de vida e não há diferença na distribuição entre homens e mulheres7.
Referências:
1) “Instituto Nacional do Câncer (INCA). Linfoma não Hodgkin. Acessado: 12/11/2021″.
2) “Oncoguia. Sinais e Sintomas da Leucemia Linfóide Crônica. Acessado: 12/11/2021″.
3) “Abrale. O que é Leucemia Linfóide Crônica. Acessado: 12/11/2021″.
4) “Sociedade Brasileira de Reumatologia. Artrite Reumatóide. Acessado: 12/11/2021″.
5) “Pulmonology Journal. Granulomatose com poliangeíte inicialmente diagnosticada como cancro do pulmão. Acessado: 12/11/2021″.
6) “Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O que é pênfigo. Acessado: 12/11/2021″.
7) “Brasília Médica. Pênfigo vulgar em homem jovem: relato de caso e revisão da literatura Acessado: 12/11/2021″.