Para o médico epidemiologista, Dr. André Ribas Freitas, medida foi usada com sucesso por países que conseguiram controlar a transmissão da doença
O Brasil tem passado por um aumento no número de casos de Covid-19 nas últimas semanas. Apenas no estado de São Paulo, segundo dados da Secretaria de Saúde, o crescimento foi de 17%, entre os dias 15 e 21 de novembro. Para o médico epidemiologista da Faculdade São Leopoldo Mandic, Dr. André Ribas Freitas, um método que deveria ser considerado para diminuir a taxa de transmissão é a adoção do rastreamento e quarentena de pessoas infectadas pelo vírus.
“Com o rastreamento, o paciente com Covid-19 é identificado e há um acompanhamento de todos que tiveram contato com a pessoa dois dias antes do início dos sintomas até 10 dias depois. Além disso, é importante incluir nesse grupo quem esteve próximo, menos de 1 metro por 15 minutos, ou ainda quem tocou, beijou, abraçou e quem mora na mesma casa”, explica Dr. Ribas.
Segundo o especialista da Faculdade São Leopoldo Mandic, nesse caso, o paciente com Covid-19 deve seguir o isolamento e as pessoas que tiveram contato deveriam permanecer em quarentena por um período de 14 dias, mesmo sem sintomas, por terem se exposto ao risco de contágio do vírus.
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Dr. Ribas lembra que o Brasil é um dos poucos países que não adotou o rastreamento de pacientes infectados, ao lado da Venezuela e Nicarágua, nas Américas. (veja imagem acima).
Na comparação com os países da Europa, que adotaram o rastreamento como medida, é possível observar que a curva de contágio do coronavírus teve um ápice entre abril e maio e foi achatada nos três meses seguintes, como é o caso da França (veja imagem abaixo). Já no Brasil, o número de casos se manteve em um patamar alto desde o início da pandemia.
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