Casos de diabetes devem subir 46% até 2045, segundo Federação Internacional de Diabetes

Medidas preventivas e tratamento assertivo aumentam qualidade de vida e reduzem custos com complicações da doença

De acordo com projeção da Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), o número de casos de diabetes deve aumentar 46% até 2045, chegando a acometer 738 milhões de adultos, entre 20 e 79 anos, em todo o mundo. Se não tratada, a doença pode se agravar e acarretar outros problemas de saúde graves, mas ações de prevenção podem reduzir o risco de desenvolvimento da enfermidade e o tratamento contínuo garante mais qualidade de vida.

Fatores genéticos influenciam no desenvolvimento da diabetes, mas a principal prevenção é o estilo de vida saudável, com prática de atividade física, alimentação balanceada e controle do peso.

Como muitas vezes a diabetes não apresenta sintomas, é fundamental monitorar a glicemia para ter o diagnóstico precoce e assegurar o sucesso do tratamento. No setor farmacêutico, os biomedicamentos vêm ganhando cada vez mais espaço no combate à doença ao ampliar o acesso aos tratamentos.

“O uso da insulina biossimilar é bastante eficaz para a redução do agravamento da diabetes e do surgimento de outras enfermidades correlacionadas, como insuficiência renal, doenças cardiovasculares, perda de visão e amputações. Desta forma, contribui para que os recursos financeiros que seriam destinados para o tratamento de complicações crônicas da doença possam ser alocados para implementação de novas tecnologias”, explica Heraldo Marchezini, CEO da Biomm.

Visão geral da diabetes

A diabetes é uma síndrome metabólica causada pela dificuldade na ação da insulina, hormônio responsável pelo aproveitamento da glicose como energia para o nosso corpo, e há dois tipos principais da enfermidade.

O tipo 1 é uma doença autoimune na qual ocorre uma produção de anticorpos contra o próprio pâncreas que gradativamente destroem a produção de insulina, e acarreta no aumento da glicose. Esses quadros clínicos são mais comuns em crianças.

Já o tipo 2 surge quando há uma dificuldade de ação da insulina. “Neste caso, para manter um nível adequado de glicose no sangue, o pâncreas produz cada vez mais insulina até um momento em que ele reduz a produção, provocando o aumento da glicemia, característica da diabetes”, explica Bruna Farolla, endocrinologista e membro da Doctoralia.