Conasems participará do Global Summit 2022 destacando os benefícios da telemedicina e da telessaúde na assistência à saúde nos municípios

Mauro Junqueira, secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, ressalta que estas práticas também são importantes para o envelhecimento populacional e para a otimização da mão de obra, com qualidade

“A melhoria e garantia do acesso à assistência à saúde passa por vários aspectos, incluindo financiamento, formação, organização da rede de atenção, tecnologia etc. A telemedicina e telessaúde com certeza apoiam e aumentam a capacidade de acesso à assistência e trazem inúmeros benefícios, também, na formação, na segunda opinião formativa, entre outros, com ações tanto síncronas como assíncronas, conforme as melhores práticas existentes.”

A afirmação é de Mauro Guimarães Junqueira, secretário-executivos do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), que marcará presença na 4ª edição do Global Summit Telemedicine & Digital Health (GS2022), que será realizado de 4 a 6 de outubro, em formato híbrido, no Transamerica Expo Center, em São Paulo, parceiro da Associação Paulista de Medicina na promoção do evento.

Pela primeira vez no evento, o Conasems – que nasceu a partir do movimento social em prol da saúde pública e se legitimou como uma força política, que assumiu a missão de agregar e de representar o conjunto de todas as Secretarias Municipais de Saúde do país – vai participar da programação científica do GS2022, com um Painel Nacional em que discutirá a telemedicina na região amazônica, a teleconsulta como ampliação do acesso aos serviços públicos de saúde em Joinville (SC) e a ação matricial como estratégia de intervenção educacional-terapêutica para a atenção primária da saúde, além dee marcar presença também na área de Negócios.

“Hoje, o Conasems tem seu espaço político e sua luta reconhecidos nas instâncias federais, incluindo na pauta de discussões da saúde grandes temas de interesse, como financiamento público, recursos humanos e defesa dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica Junqueira, lembrando que o Conselho representa os 5.570 municípios brasileiros em inúmeras atividades de capacitação técnica, de políticas junto ao Ministério da Saúde, ao Congresso Nacional, entre outros.

A justificativa para a participação no evento, segundo o secretário-executivo, é porque a saúde digital é cada vez mais uma realidade presente na rotina da área da saúde, ainda mais considerando o país heterogêneo e com dimensões continentais como é o Brasil.

“Evoluímos em algumas ações como a instituição da Rede Nacional de Saúde (RNDS), porém temos que robustecer as ações e trazer inovações do mundo digital para a realidade brasileira como a inteligência artificial. Já a telemedicina e a telessaúde fazem parte da realidade municipal, impulsionadas pela pandemia de Covid-19. Temos de focar na utilização dessas práticas nos município, pois é uma realidade mundial e se tornará cada vez mais necessária, considerando o envelhecimento da nossa população e a otimização, com qualidade, da nossa mão de obra”, ressalta o especialista.

Ele revela que na saúde pública há vários projetos em andamento relacionados à telemedicina e à telessaúde, e que a aprovação, em abril, do projeto de lei 1.998/2020, que autoriza e conceitua a prática da telessaúde em todo o território nacional, abrangendo todas as profissões da área da saúde regulamentadas, pela Câmara do Deputados, mas ainda em tramitação no Senado Federal, traz segurança jurídica para o assunto. Porém, reforça que é preciso organizar as ofertas existentes e torná-las perenes no sistema.

“Infelizmente, por não haver um padrão de registro nacional acerca da telessaúde e da telemedicina, não conseguimos dimensionar em números as atividades em andamento”, lamenta.

Desafio

O principal desafio para as Secretarias Municipais de Saúde para a prática da telemedicina e da telessaúde, na opinião de Mauro Junqueira, é aconectividade, sua qualidade, equipamentos nos territórios, além da renovação do parque tecnológico existente nos municípios.

Por isso, o secretário-executivo do Conasems aponta que participar do Global Summit é importante.

“Apoiamos iniciativas que convergem com a realidade e com a qualificação da área da saúde. O evento é totalmente convergente com o momento atual e a necessidade de debate e aprimoramento nos territórios municipais. Também temos o objetivo de demonstrar o protagonismo dos municípios e as atividades já em andamento. Entendemos que expondo a realidade municipal e as necessidade e possibilidades, podemos ampliar as parcerias e avançar com maior qualidade perante uma realidade que se impõe na saúde digital”, destaca Junqueira, que revela ter a expectativa de desdobramentos após o GS2022, onde quer demonstrar a capilaridade do Conasems e sua atuação na área.

Ele finaliza dizendo que é necessário fomentar cada vez mais espaços amplos para apresentar o que existe de mais atual na saúde e na tecnologia, pois um ecossistema da saúde deve considerar, naturalmente, todos os aspectos inerentes à sua operacionalização e uma visão estratégica dos assuntos.

”Entendo que o Global Summit e sua programação consegue trazer um equilíbrio com as experiências internacionais, nacionais, melhores práticas e experiências, além de proporcionar um espaço amplo de networking na área”, afirma Mauro Junqueira.

O Painel Nacional do Conasems na 4ª edição do Global Summit Telemedicine & Digital Health será no dia 6 de outubro, às 16h. Conheça a programação do GS2022 e faça sua inscrição, acessando https://www.telemedicinesummit.com.br/