Cuidado deve ser constante e levar em conta histórico familiar para evitar eventos graves como infarto e AVC e pode ser realizado por médicos de família e comunidade
Mais de 380 mil pessoas morrem no Brasil todos os anos em decorrência de doenças cardiovasculares. A informação é da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que aponta altos índices de colesterol no sangue como uma das principais causas de patologias como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Como o colesterol alto não causa nenhuma manifestação clínica, o acompanhamento com exames e avaliações é muito importante. Esse cuidado é um dos pilares da atenção primária de saúde.
“O colesterol alto deve ter uma rotina de acompanhamento: a cada ponto de contato, o médico de família acompanha e define qual a próxima ação necessária até o retorno. Tais medidas envolvem atitudes comportamentais como atividades físicas e alimentares e até medicamentos. Com isso, é desenhada uma linha de evolução do paciente com metas individualizadas que têm o objetivo de prevenir um evento grave”, afirma o cardiologista Ricardo Casalino, diretor Médico da Qsaúde. Em 8 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, que marca a importância do controle desse indicador.
Avaliação pessoal, planejamento das ações e histórico do paciente e da sua família bem definidos são fatores que ajudam a promover uma jornada de cuidado eficiente: ter somente um retrato do índice de colesterol no sangue pode não ser o suficiente para um tratamento eficiente, de acordo com Casalino. Por isso, o acompanhamento constante e contextualizado do médico de família e comunidade é essencial.
“Especialmente durante a pandemia, em que pessoas com colesterol elevado têm mais risco de complicações sérias pela Covid-19, manter essa taxa sob controle é muito importante. Para essas pessoas, o acompanhamento de um médico de família e comunidade é essencial, pois é o profissional quem vai ajudar a estabelecer metas e indicar o tratamento mais adequado de acordo com seus hábitos de vida”, afirma Zeliete Zambon, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
Dados da SBC mostram que há cerca de 14 milhões de brasileiros com doenças cardíacas. Especialmente para essa população, medidas preventivas podem evitar 80% das mortes prematuras por infartos ou AVC. O ideal é que a medição de colesterol seja feita a cada seis meses, em média.
Uma pesquisa feita pela SBC em 2017 mostrou que 67% das pessoas desconheciam os valores dos níveis de colesterol do próprio organismo. “O controle de colesterol é uma meta muito palpável e dinâmica para que tenhamos noção do quão intensivos precisamos ser nas medidas comportamentais ou farmacológicas para atingir as metas individuais”, afirma o diretor médico da Qsaúde.
Como manter os índices controlados?
Alimentação equilibrada, prática de atividade física e controle de peso são algumas medidas comportamentais que ajudam a controlar o colesterol. Produzido pelo fígado, o colesterol é uma gordura que tem a função de manter as células em funcionamento para que produzam, por exemplo, hormônios e bile e façam a metabolização de vitaminas. Segundo a SBC, 70% do colesterol é produzido pelo próprio organismo, enquanto 30% vem da dieta.
Na Qsaúde, os clientes têm acesso aos médicos de família da Clínica Einstein, que, além de ter atenção para os níveis de colesterol, cuidam de toda a jornada de saúde dentro do plano, do nascimento à vida adulta, mantendo as informações de procedimentos e exames em um prontuário único. Isso auxilia muito nas eventuais tomadas de decisões dos profissionais.
Com isso, é criado um vínculo entre o profissional e o paciente, e monitoramento contínuo, estratégia essencial para a saúde cardiovascular. O plano conta também com os GuiasQ de saúde, grupos de enfermeiras e técnicos de enfermagem, entram em contato proativamente para garantir que os tratamentos sejam seguidos corretamente e com orientações sobre melhores hábitos para a saúde.
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