Doença Renal Crônica: nefrologista alerta para a importância da prevenção

Hipertensão arterial e diabetes mellitus estão entre as principais causas da doença, que pode ser evitada com a conscientização da população sobre as medidas preventivas

As altas taxas de mortalidade dos portadores de Doença Renal Crônica (DRC) têm preocupado especialistas em todo o mundo. No Brasil, a estimativa é que mais de 10 milhões de pessoas tenham a doença. Os números chamam a atenção, principalmente porque medidas simples de prevenção podem ser adotadas para evitar o diagnóstico. Por conta da baixa imunidade provocada pela doença, os pacientes estão entre os grupos mais vulneráveis à Covid-19. O alerta é da nefrologista do Grupo Assim Saúde, Giovana Breda, que ressalta ainda que a necessidade de sessões de diálise frequentes e o acompanhamento médicos ambulatorial podem dificultar a manutenção do distanciamento social adequado, em especial, pelo deslocamento à unidade de saúde. 

“Ao mapearmos os nossos atendimentos nos últimos 3 anos, constatamos exatamente essa realidade. Entre os mais de dois mil pacientes portadores de diabetes e hipertensão acompanhados pelo programa de medicina preventiva da operadora, cerca de 3% evoluíram para a doença renal crônica. Dessa parcela, observamos que aproximadamente 80% não desenvolveram as formas mais graves da doença, o que representa, ao mesmo tempo, ganho na qualidade de vida e redução do risco de morte prematura”, ressalta a médica.

A especialista destaca medidas simples e essenciais para manter a boa saúde dos rins, como beber água, praticar exercícios físicos com regularidade, não fumar, ter uma alimentação balanceada, reduzir o consumo de sal nos alimentos e somente utilizar medicamentos com indicação médica. Outras medidas envolvem além dos exames de rotina, a adoção de um estilo de vida mais saudável, com o acompanhamento periódico realizado por uma equipe multiprofissional, composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos.

“Prevenir significa tratar e controlar os fatores de risco modificáveis, como diabetes, hipertensão, obesidade, doença cardiovascular e tabagismo, e o tratamento deve estar de acordo com as normatizações e orientações preconizadas pelo Ministério da Saúde. O uso de medicamentos somente deve ocorrer com orientação médica, mantendo o cuidado específico para os agentes que podem apresentar risco de ocasionar lesão nos rins”, alerta Giovana.

 

 

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