Einstein realiza missão humanitária com povos originários do extremo norte do Brasil

De jaqueline

Missão Koripako busca ampliar o acesso da população indígena local a atendimentos médicos

Equipes prestaram assistência na região conhecida como “Cabeça do Cachorro”, divisa do Amazonas com a Colômbia

Uma equipe do Einstein realizou atendimentos assistenciais às comunidades indígenas da região conhecida como “Cabeça do Cachorro”, divisa do Amazonas com a Colômbia, no final do mês de março. Intitulada “Missão Humanitária Koripako”, a iniciativa busca ampliar o acesso da população indígena local a atendimentos médicos.

Na região, localizada no extremo norte do Brasil, um time de 16 profissionais ofereceu atendimentos nas áreas de pediatria, clínica médica, ortopedia e ginecologia e obstetrícia. Ainda, disponibilizaram exames de Papanicolau – esses, com resultados rápidos, ao passo que o grupo da missão contou com um biomédico in loco.

“Em reuniões com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), fomos informados de que a realização de Papanicolau, hoje, para essas mulheres, fica comprometida devido ao fluxo de entrega dos resultados, já que as amostras precisam viajar quilômetros para serem analisadas. Por isso, fizemos tudo in loco, com resultados disponibilizados no mesmo dia e encaminhamento das pacientes para acompanhamento, se identificada a necessidade”, explica Fabio Racy, especialista em Medicina de Desastre e coordenador do Grupo Médico-Assistencial (GMA) de Preparação e Resposta a Emergências e Desastres do Einstein.

Segundo Racy, o objetivo é que essa seja a primeira de muitas missões organizadas pelo GMA. Por meio da realização de missões programadas, pretende-se treinar e capacitar os componentes da equipe para se organizar com precisão e rapidez perante um cenário de emergência e desastre.

“Nosso intuito vai além de pensar, por exemplo, em cenários mais distantes, de grandes catástrofes. Nós queremos ter profissionais treinados para emergências muito mais próximas da nossa realidade, como a emergência da dengue, o deslizamento de terra em São Sebastião no ano passado e o que tivemos, em um passado próximo, com a crise sanitária da covid-19”, destaca.

Atendimentos contínuos

Após este período de uma semana in loco no Amazonas, a equipe do Einstein continuará prestando atendimentos à comunidade indígena por meio do projeto TeleAMEs – realizado no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) –, com o Ministério da Saúde, que oferece assistência por meio da telemedicina em 12 especialidades: cardiologia, neurologia e neuropediatria, reumatologia, infectologia, psiquiatria, pneumologia, pediatria, gastroenterologia e endocrinologia adulto e pediátrica.

Além dos pacientes já encaminhados a partir da missão Koripako, casos atendidos pela Atenção Primária à Saúde na região que requeiram assistência especializada também serão direcionados para as teleinterconsultas.

“Por sua vasta extensão territorial, o Brasil enfrenta um problema crônico de acesso à saúde, sobretudo em regiões mais remotas, de vazio assistencial. Projetos como o TeleAMEs e missões como a Koripako são alguns exemplos de iniciativas que permitem ao Einstein materializar o seu compromisso de promover esse acesso ao cuidado de qualidade”, afirma Guilherme Schettino, diretor de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do Einstein.

 

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