Apesar de o assunto ser polêmico, uso em casa e tomando os cuidados do isolamento pode ajudar no tratamento
O cenário da pandemia mudou. Apesar do número de casos não parar de subir, a vacinação está ajudando as pessoas a não serem hospitalizadas e cumprirem a quarentena em casa. Além das novas variantes de coronavírus, o Brasil também enfrenta uma onda de influenza, que atinge as vias respiratórias da população.
Um procedimento que vem ajudando muito os brasileiros a melhorarem dos sintomas é a nebulização, também muito conhecido como inalador. Especialistas da Omron Healthcare Brasil explicam que a nebulização é um procedimento terapêutico que desobstrui as vias aéreas, possibilitando a passagem do ar mais rapidamente e aliviando os sintomas incômodos, como chiado e respiração curta, proporcionando a sensação de alívio e bem-estar ao paciente.
No início da pandemia, o uso de nebulizadores era contra indicado por conta do risco da transmissão. “O receio quanto ao uso de nebulizadores em 2020 e 2021, durante os períodos de altos números de internações, ocorria por conta do maior risco de transmissão, por causa dos aerossóis gerados durante a nebulização. Sabemos que a principal via de transmissão direta de coronavírus acontece por gotículas e os aerossóis são mais transmissíveis do que gotícula por possuírem menor tamanho e poderem se dispersar com mais facilidade. Algumas situações como ventilação não invasiva, intubação orotraqueal e nebulização aumentam a geração de aerossois e consequentemente o risco de transmissão viral”, explicam os especialistas da Omron.
Diante disso, é necessário levar em consideração que o receio de transmissão, com o uso de nebulizadores, ocorre quando se fala de locais com alta circulação de pacientes e sem o isolamento adequado, como, por exemplo os Pronto Socorros.
Porém, o cenário mudou e o número de internações diminuiram radicalmente, por conta da maior parte da população brasileira estar vacinada. E agora, grande parte das pessoas que estão contaminadas com algum tipo de vírus conseguem se tratar em casa e podem utilizar o nebulizador como um auxiliar no tratamento, para melhoras as condições das vias respiratórias.
“Atualmente, temos visto um quadro clínico bem diferente com as novas variantes, sobretudo a Omicron. O quadro de vias aéreas superiores é muito mais exuberante. Pacientes estão se queixando muito mais de obstrução nasal, maior rinorreia e temos visto muitos casos de complicações com sinusite. Desta forma, os quadros atuais de COVID passam a se assemelhar muito mais com os quadros de resfriado e gripe onde sabemos que muitos pacientes sentem conforto com a realização de nebulização”, relatam os especialistas.
Apesar do uso dos nebulizadores ajudar na melhora do quadro clínico, é necessário que o paciente faça o uso consciente e da maneira correta. A utilização em casa deve ser feita em quarto isolado e as pessoas que convivem devem ficar fora do ambiente da residência por um período de, pelo menos, 3 horas.
É importante atentar para o sistema de ventilação da casa, verificando se há possibilidade de disseminação por meio da ventilação central ou local, como ar-condicionado. Os especialistas da Omrom indicam que o ideal é que a circulação do ar seja feita naturalmente com as janelas abertas e, nos dias mais quentes, com ventiladores.
“Acreditamos que a inalação é sim uma aliada para aliviar os principais sintomas de influenza e covid neste momento que o país está enfrentando. Os benefícios são inúmeros e ter o alívio dos sintomas melhora o dia da pessoa, dando mais qualidade para ela fazer as tarefas do dia a dia ou, simplesmente, conseguir respirar melhor”, finalizam os especialistas.