Estudo confirma que telemonitoramento pode oferecer suporte a pacientes com covid-19 e reduzir a demanda em hospitais

De Rafael
Rubens De Fraga Júnior
Um estudo liderado pela Universidade de Birmingham sugere que modelos de monitoramento domiciliar remoto podem ajudar os pacientes e reduzir a demanda de serviços hospitalares durante o período da covid-19.

O estudo, intitulado Monitoramento remoto em casa (enfermarias virtuais) para pacientes com covid-19 confirmados ou suspeitos: uma revisão sistemática rápida, e publicado na EClinicalMedicine, analisa os modelos de monitoramento remoto covid-19 liderados por cuidados primários e secundários em sete países – EUA, Austrália, Canadá, Holanda, Irlanda, China e Reino Unido – onde os modelos foram desenvolvidos para:

Evitar internações hospitalares desnecessárias (prestando atendimento adequado em local apropriado).

Monitorar a deterioração em um estágio inicial para evitar ventilação invasiva e admissão na UTI.

Facilitar a alta hospitalar precoce para que os pacientes possam ser acompanhados com segurança na comunidade.

O uso de aplicativos digitais para monitorar os níveis de oxigênio no sangue dos pacientes permitiu um maior número de pacientes a serem acompanhados.

O Dr. Manbinder Sidhu, da Universidade de Birmingham (equipe BRACE) e coautor do estudo, disse que a “revisão mostra que a atenção primária pode desempenhar um papel central na coordenação de modelos de telemonitoramento de pacientes, proporcionando cuidados mais holísticos aos pacientes e reduzir a demanda por serviços hospitalares”.

No entanto, mais pesquisas precisam explorar os processos usados para implementar esses modelos e como eles podem variar com base no setor de saúde, população de pacientes, tamanho e abordagens usadas para triagem, monitoramento e escalonamento.

Fonte: Cecilia Vindrola-Padros et al, Remote home monitoring (virtual wards) for confirmed or suspected COVID-19 patients: a rapid systematic review, EClinicalMedicine (2021). DOI: 10.1016/j.eclinm.2021.100965

Rubens de Fraga Júnior é professor de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

Crédito da imagem: Freepik

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