Exaustos, médicos e enfermeiros da linha de frente recebem tratamento criado nos EUA para veteranos de guerra

Associação Brasileira de EMDR dá atendimento voluntário da terapia EMDR – indicada pela OMS para tratamento de traumas e estresse pós-traumático

O EMDR – terapia desenvolvida nos EUA para tratamento de traumas de veteranos de guerra e indicada pela OMS para casos de stress pós-traumáticos e catástrofes – desde março de 2020, ano início da pandemia – está disponível de forma voluntária e online aos profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19. Os atendimentos foram disponibilizados pela Associação Brasileira de EMDR juntamente com sua Rede Solidária. A rede, que já ajudou centenas de pessoas em todo o país (como por exemplo, os familiares e colegas dos alunos da escola Raul Brasil e os sobreviventes de Brumadinho), conta com dezenas de profissionais psicólogos e médicos especializados em EMDR no Brasil para realizar o atendimento destes profissionais da saúde.

”Nossa missão é ajudar a cuidar da saúde mental dos médicos e enfermeiros do Brasil neste momento tão difícil que seguimos enfrentando.’’ explica Dra Ana Lúcia Castello, presidente da Associação Brasileira de EMDR.

O EMDR (Eye Movement Desentitization Reprocessing), terapia desenvolvida nos EUA e aconselhada pela Organização Mundial da Saúde para tratamento de traumas, pode ajudar tanto na minimização de sintomas como o medo exacerbado, comportamentos e pensamentos repetitivos carregados de ansiedade, como também nos traumas que a pessoa viveu e que agravam esses sintomas.

Trata-se de uma terapia por meio dos movimentos dos olhos e sensações táteis bilaterais, o que permite o reprocessamento de memórias traumáticas no cérebro.

Para os profissionais da saúde que estão precisando neste momento de terapia EMDR, basta enviar um email para: sos@redesolidaria@emdr.org.br, e no assunto do email: “PRECISO DE AJUDA”. A Rede Solidária da Associação Brasileira de EMDR irá fornecer atendimentos online voluntários.

O medo, que também é um mecanismo de proteção e sobrevivência, pode prevalecer e ser mais forte que a resiliência em muitos profissionais da saúde neste momento. “Quando o medo nos inunda e um sofrimento intenso e descabido toma conta, efetivamente ele não protege.”, diz Profa. Dra. Maria Aparecida (Tina) Zampieri, Vice-Presidente da Associação Brasileira de EMDR.