O Brasil precisa discutir saúde mental abertamente

*Por Ma. Regina Maria Machado

Os cuidados com a saúde mental, que já vinham ganhando mais atenção ao longo dos últimos anos, se tornaram essenciais durante a pandemia. O Brasil, por exemplo, mesmo antes de todo o caos gerado pelo coronavírus, já era considerado o país mais ansioso do mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que registrou, em 2017, que 9,3% da população brasileira sofria com problemas de ansiedade. Além disso, a Organização Pan-Americana de Saúde apontou que quatro em cada dez brasileiros tiveram problemas de ansiedade durante a pandemia.

O Brasil sempre foi conhecido como um país com altos índices de problemas relacionados à saúde mental. O caso da ansiedade, por exemplo, que serve como um propulsor para diversas outras doenças, há anos é tratado com preocupação. Com a pandemia, tudo isso foi potencializado. Um estudo recente, encomendado pelo Fórum Econômico Mundial, mostrou que 53% dos brasileiros tiveram uma piora do bem-estar mental no último ano.

E podemos relacionar este agravamento com a mudança radical que sofremos em nossos estilos de vida, a perda de nossa liberdade social, o desemprego e o futuro incerto que não chega e congela os planos. Estes fatores afetam desde crianças a idosos, mas em especial os jovens foram os mais afetados. É importante ressaltar que ansiedade e depressão são duas condições relacionadas ao suicídio. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), transtornos mentais como esses estão associado a aproximadamente 96,8% dos cerca de 12.000 casos anuais de suicídio no Brasil. No levantamento, 35% das pessoas afirmaram conhecer alguém que tirou a própria vida, independentemente do diagnóstico de uma condição associada à saúde mental.

Analisando esse cenário preocupante, é necessário conscientizar a humanidade, assim como as autoridades governamentais e legislativas do mundo, a respeito da importância de estratégias e de políticas públicas voltadas para a promoção da Saúde Mental nas sociedades, nas vidas dos indivíduos e das instituições sociais. Ações como as do Janeiro Branco são iniciativas que ajudam na propagação da importância do tema perante a sociedade. Campanhas geram conscientização, combatem tabus, mudam paradigmas, orientam os indivíduos e inspiram autoridades a respeito de importantes questões relacionadas às vidas de todo mundo!

*Ma. Regina Maria Machado é coordenadora do Curso de Psicologia da UniEnsino.

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