Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis são mais propensas a autoavaliar a saúde como negativa

De Rafael

Idosos, homens, solteiros e pessoas de baixa renda também tendem a considerar sua saúde como ruim 

Um estudo realizado pela CAPESESP (Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde) identificou que a chance de autoavaliar a saúde como negativa é 3,9 vezes maior em pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e, naqueles que possuem mais de uma patologia, este número sobe para 4,8. Também mostrou que idosos, homens, solteiros e pessoas de baixa renda e escolaridade têm mais chances de autoavaliar a saúde como negativa que não idosos, mulheres e pessoas casadas ou em união estável. 

Atualmente, as doenças crônicas não transmissíveis são um dos principais problemas de saúde do Brasil e causam um elevado número de mortes prematuras (aquelas que ocorrem entre 30 e 69 anos de idade), segundo o IBGE. Além disso, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), quando presente, foi o fator que mais influenciou a chance de uma percepção negativa da saúde, seguido dos portadores de dor crônica, diabetes, hipertensão arterial e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 

“As doenças crônicas não transmissíveis, além de interferirem na qualidade de vida das pessoas, causam impacto econômico para a sociedade e os sistemas de saúde”, afirma o médico e Diretor-Presidente da CAPESESP, João Paulo dos Reis Neto. As taxas anuais de utilização do plano em beneficiários com percepção negativa da saúde foram muito superiores às dos indivíduos que avaliaram positivamente para todos os procedimentos: consultas, exames, terapias e internações, com gastos assistenciais anuais adicionais na proporção de 80,5%. 

Os dados coletados são utilizados na CAPESESP para orientar as ações de prevenção, manutenção e promoção da saúde e da qualidade de vida. “Os resultados do estudo evidenciam a necessidade de acompanhamento integral por especialistas e atenção especial aos pacientes de doenças crônicas por parte dos gestores em saúde”, finaliza Dr. João Paulo. 

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