Especialista do Hospital CEMA explica a importância do check-up ocular para evitar uma doença que é silenciosa e irreversível
Existem muitas doenças silenciosas que, quando começam a produzir sintomas, geralmente já estão bem graves. É o caso do glaucoma, que é a segunda maior causa de perda de visão. Por isso, o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma – 26.05 – é uma data tão essencial. “Campanhas como essas ajudam a esclarecer a importância da prevenção. No caso do glaucoma, é fundamental, pois essa é uma doença que poderá evoluir para cegueira irreversível”, explica o oftalmologista do Hospital CEMA, Minoru Fujii. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que até 2040 cerca de 111,5 milhões de pessoas desenvolverão enfermidade. Atualmente, são 80 milhões de casos no mundo.
O glaucoma é uma alteração ocular, podendo lesar o nervo óptico e alterar o campo visual. Um dos principais fatores que levam a esse quadro é a pressão intraocular, como é o caso do glaucoma de ângulo aberto, que representa 90% dos casos. Existe ainda o glaucoma de ângulo fechado, que pode levar a uma perda de visão em poucas horas, após o aparecimento dos sintomas. “Muitos pacientes procuram o médico quando o quadro já está bem grave”, detalha o médico. Além da idade, o histórico familiar e a etnia são fatores de risco (pesquisas indicam que negros têm até 3 vezes mais chances de desenvolverem glaucoma e os orientais têm maior propensão de terem o de ângulo fechado). Alguns medicamentos, como cortisona, e algumas doenças, como diabetes, também podem favorecer o aparecimento dessa enfermidade.
Os sintomas do glaucoma, quando ocorrem, são: vermelhidão ocular, dor nos olhos, lacrimejamento, visão embaçada ou turva, dores de cabeça, náuseas e vômitos e aparecimento de arcos coloridos no campo visual. “O acompanhamento da saúde ocular deve ser feito durante toda a vida, desde o nascimento. Apesar de incomum, há o glaucoma congênito também, que tem tratamento cirúrgico”, explica o oftalmologista. O check-up ocular frequente pode fazer toda diferença e preservar uma das funções mais importantes do corpo humano.
Dr. Minoru Fujii, oftalmologista do Hospital CEMA
CRM 58273