*Por Isadora Kimura, fundadora da Nilo Saúde
Desde 2002 o Conselho Federal de Medicina (CFM) autoriza a telemedicina no Brasil. Contudo, apenas com o período pandêmico exercê-la torna-se real com a aprovação da Lei 13.989/2020, que liberou a prática de atividades de teleconsulta e telediagnóstico. A tecnologia que permitiu conectar remotamente médicos e pacientes trouxe benefícios como a otimização e agilidade nos processos, mas também marca o início de uma profunda transformação no cuidado virtual.
Hoje, vivenciamos um caminho sem volta, já que a tecnologia por trás dos atendimentos contribui para uma melhor experiência entre profissionais de saúde – médicos, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos – e pacientes, além de proporcionar benefícios para as empresas do setor, em especial, em regiões mais remotas que carecem de especialistas.
A aplicação de software de gestão na saúde também permitiu oferecer ao paciente atendimento virtual e facilidades que antes estavam distantes da realidade de muitos brasileiros.
Muitas dessas inovações são desenvolvidas por startups, empresas com base em tecnologia com atuação no segmento da saúde, as chamadas healthtechs. No primeiro trimestre deste ano, as startups brasileiras movimentaram R﹩ 11 bilhões de investimentos e as healthtechs somaram R﹩ 533 milhões, um crescimento de 337% comparado com o mesmo período do ano passado, segundo os dados do levantamento “Inside Venture Capital”, realizado pela Distrito Dataminer.
Diante dessa nova realidade na área da saúde, observamos que a telemedicina é apenas o início do intenso processo de transformação, a ponta do iceberg. Entretanto, a evolução tecnológica tem sido imprescindível nesse setor e, por isso, as novas soluções devem continuar a surgir no pós-pandemia.