“Tivemos que reforçar a prática de segurança do paciente para enfrentar a pandemia”, diz especialista

Estratégia central do atendimento, a segurança do paciente passou a ser um desafio ainda maior no ambiente hospitalar, desde que a pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil, há pouco mais de um ano.

“Nesse contexto, o 1º de abril é uma data relevante porque lembramos o Dia Nacional de Segurança do Paciente, algo extremamente importante em um momento de pandemia”, afirma Ana Lígia dos Santos, especialista em Segurança do Paciente da Pró-Saúde.

Ela recorda-se que, diante de um inimigo desconhecido, a Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão de serviços hospitalares do país, aplicou treinamentos para suas equipes assistenciais, reforçando os protocolos que envolvem o atendimento seguro aos doentes.

“Destacamos, principalmente, as práticas necessárias para a assegurar a comunicação efetiva entre os profissionais, a higienização das mãos e as que visam prevenir lesão por pressão nos pacientes”, resume a especialista.

A comunicação efetiva em saúde envolve processos padronizados que vão desde o preenchimento correto de formulários e prontuários até a passagem de informações precisas e corretas sobre o quadro clínico do paciente durante uma troca de plantão.

A higienização das mãos, assim como a utilização correta dos equipamentos de proteção individual (EPIs), visa evitar o contágio de doenças, não apenas da Covid-19.

Já a prevenção de lesão por pressão envolve práticas que buscam prevenir o aparecimento de úlceras e outras lesões em pacientes que passam muito tempo acamados.

“Conseguimos melhorar a comunicação com pacientes e familiares, envolvendo-os no cuidado e na tomada de decisão por meio de videochamadas e telemedicina”, lembra Ana Lígia.

Outra ação que a profissional destacou foi a intensificação de orientações sobre a pandemia com cartazes e diversos treinamentos envolvendo a equipe multiprofissional para o manejo do paciente com Covid-19.

“Nesse contexto, ampliamos a divulgação sobre a necessidade de higienizar as mãos, implantamos mais pias e dispensers com álcool em gel nos hospitais, para aumentar os cuidados de Enfermagem nas intervenções assistenciais em pacientes graves e, também, as práticas de prevenção de lesões por pressão, identificação e monitoramento os riscos associados à doença”, explica.

A pandemia também mudou a relação que envolve as visitas dos pacientes internados. “Foi necessário renunciar a visitas presenciais e dar espaço para a tecnologia e visitas online. O acesso remoto tornou-se imprescindível e o preparo da equipe para demonstrar suas ações nessa batalha exigiu ainda mais”, observa Ana Lígia.

A pandemia também exigiu preparo para que os profissionais ― especialmente os que atuaram na linha de frente ― pudessem enfrentar o cansaço físico e o estresse diário da rotina hospitalar. “Apoio psicológico para compartilhar experiências foi uma prática importante nesse contexto”, informa.

Ana Lígia explica que o novo cenário exigiu adaptações para se ajustar à nova realidade, que impactaram no dia a dia de todos os profissionais que atuam em uma unidade hospitalar.

“Foram respostas emergenciais à necessidade de proporcionar um ambiente seguro, além da preocupação em manter os resultados assistenciais de qualidade, promovendo condições para o atendimento seguro aos pacientes”, avalia.

Acesso ao Certificado de Participação do 47º Congresso Mundial de Hospitais

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