Hospital Madre de Dio produz o próprio insumo desde sua inauguração; unidade de saúde suplementar mantém serviço especial para atendimento a casos de Covid-19
Vem da pequena São Miguel do Iguaçu, cidade da região oeste do Paraná, uma condição que hoje faria a diferença na maioria das unidades de saúde brasileiras que, neste momento de tensão causado pelo avanço da pandemia, lutam contra a falta de oxigênio para atender seus pacientes.
A fabricação do insumo, produção que acontece desde a inauguração — em 2017 —, fez do Hospital Madre de Dio alcançar a autossuficiência de oxigênio.
“Essa autonomia faz diferença em momentos de crise como o que estamos vivendo”, ressalta o diretor Hospitalar, Rodrigo Fauth. “Mesmo com o aquecimento do mercado global, nossos pacientes não são afetados e a assistência é garantida”, acrescenta.
O oxigênio é utilizado em situações em que a oxigenação do paciente é inferior a 90%, principalmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e salas de emergência, sendo essencial no atendimento de casos graves da Covid-19. Ao que tudo indica, o investimento feito pelo hospital — que é uma unidade particular — foi pioneiro.
A usina do hospital produz cerca de 30 m³ de oxigênio por hora, o que corresponde a mais de 700 m³ por dia, fornecendo autonomia no abastecimento da unidade, com um consumo de energia até 70% inferior se comparado a outros métodos.
A produção de oxigênio medicinal demanda processos complexos, como filtragem do ar atmosférico, liquefação do oxigênio e baixíssimas temperaturas, tudo realizado com um alto nível de segurança no hospital. A usina da unidade atende às normas e legislações previstas pela Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Totalmente integrado ao projeto do hospital, o oxigênio da usina é levado diretamente aos leitos hospitalares, sem a necessidade de manuseio de cilindros. De acordo com o diretor Hospitalar, “a autossuficiência de oxigênio é um investimento que se paga a médio prazo, dado o baixo custo de produção”, afirmou Rodrigo Fauth.
“Ser autossuficiente é uma condição que amplia a segurança na assistência aos pacientes que precisam de oxigênio porque, na falta de produto no mercado, como tem acontecido em algumas cidades no Brasil atualmente, o hospital tem condição de produzir seu próprio insumo”, acrescenta.
Gerenciado pela Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do Brasil, o Madre de Dio criou um atendimento específico de emergência para atender casos de pacientes com o novo coronavírus.
O serviço opera 24h por dia e inclui todas as etapas de atendimento, desde triagem e diagnóstico, até isolamento e leitos de internação.
“A Covid-19 ainda desafia os serviços de saúde de todo o mundo, mas aqui no Madre de Dio contamos com uma equipe multidisciplinar formada por profissionais capacitados. Trata-se de um hospital que tem toda uma estrutura para oferecer o melhor tratamento médico”, destaca Fauth.
A unidade é uma das mais avançadas da região oeste do Paraná, com capacidade operacional de até 250 leitos de internação, 20 leitos de UTI, além de cinco salas cirúrgicas, pronto-socorro completo e departamento de imagem com oferta de exames de alta complexidade. O Hospital Madre de Dio está localizado na Av. Iguaçu, 261, centro de São Miguel do Iguaçu.