Farmacêutica Zambon implementa sistema de logística reversa para incentivar o descarte correto de medicamentos

O objetivo é quadriplicar os pontos de coleta de medicamentos vencidos ou sem uso, em todo o país, nos próximos dois anos

Reforçando seu comprometimento com o meio ambiente e com o ecossistema de saúde, a farmacêutica italiana Zambon, presente no Brasil há mais de seis décadas, está estruturando seu programa de logística reversa com planos para ampliá-lo para todo o Brasil, nos próximos dois anos. O sistema de logística reversa permite que os medicamentos domiciliares vencidos ou sem uso sejam devolvidos à indústria para a realização do descarte correto, evitando o despejo no lixo comum ou no esgoto doméstico.

“Quando descartados corretamente e incinerados, os medicamentos não contaminam a natureza e nem correm o risco de serem utilizados pela população em condições inadequadas”, explica Alexandre Brasil, diretor de Operações da Zambon. “O descarte em vasos sanitários ou pias além de sobrecarregar a rede de esgoto e impactar todo o sistema de tratamento, também é o caminho mais rápido para a contaminação dos recursos hídricos, como mares, rios e lagoas, e do ecossistema aquático”, complementa.

A Zambon possui, atualmente, três postos de coleta que estão estabelecidos no estado de São Paulo, mas até 2023 serão criados outros 11 postos, em todo o Brasil, e em 2025 o número deve chegar a quase 30 locais. “Estamos só no começo do processo de implementação da logística reversa no Brasil. Este ano vamos expandir os pontos, já estamos conversando com as redes de farmácia para estabelecermos as parcerias e oferecermos mais opções aos consumidores”, destaca Marcela Mendonça, gerente de Supply Chain da Zambon.

Atualmente, o material entregue nas farmácias é recolhido pela empresa BHS (Brasil Health Service), que também é responsável pela incineração dos resíduos. Em 2019, foram descartados 21kg de medicamentos nos três postos de coleta da Zambon. Em 2020, a quantidade mais do que dobrou: foram 58kg e este ano, só até maio, já foram coletados 36 kg.

Legislação – A implementação, estruturação e operacionalização do sistema de logística reversa de medicamentos estão especificadas no decreto federal 10.388/2020 . No estado de São Paulo, o Plano de Logística Reversa é uma iniciativa da Cetesb e vem sendo articulada pela Interfarma, Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. Atualmente, já estão estabelecidos aproximadamente 1,4 mil pontos de descarte, e o objetivo é encerrar o ano com 1,9 mil locais e 240 toneladas de medicamentos descartados corretamente. Até setembro de 2023, serão instalados dispensadores em farmácias e drogarias nas capitais de todos os estados brasileiros e nos municípios com população acima de 500 mil habitantes. Em um segundo momento, de setembro de 2023 a setembro de 2026, os postos serão criados em cidades com mais de 100 mil habitantes.

“Temos acompanhado as reuniões do GAP (Grupo de Acompanhamento de Performance) e a projeção é que o Brasil tenha, até o final de 2023, um total de 6.900 locais para a entrega de medicamentos vencidos ou sem uso e que esse número suba para 12.500 pontos em 2025”, detalha Marcela Mendonça.

Postos de coleta Zambon

Drogaria Coop – Av. Lino Jardim, 744 – Vila Bastos – Santo André – SP
Drogaria Vera Cruz – Av Julio Buono, 1.048 – Vila Gustavo – São Paulo -SP
Farmácia Independente – Rua Figueiras, 956 – Jd. São Paulo – Americana – SP