Por Marcelo Cunha*
Quando pensamos no acesso universal a saúde no Brasil, a sigla SUS, que significa Sistema Único de Saúde, é a primeira lembrança que vem à mente do brasileiro. Os números oficiais mostram a revolução que ele vem trazendo para o país: são mais de 190 milhões de pessoas atendidas, com 80% delas dependendo exclusivamente do programa para qualquer tipo de atendimento – detalhe: é o único atendimento de saúde no mundo que possui números tão grandiosos.
Para promover esse direito à população, existem algumas instituições filantrópicas – entidades sem fins lucrativos -, que atuam junto ao sistema e prestam grandes serviços a cerca de 900 municípios brasileiros que não são atendidos por nenhuma esfera governamental na saúde e na educação, segundo dados do Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (FONIF). Atualmente, cerca de 2,6 mil delas existem no Brasil, de acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Uma delas é a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) que, devido ao seu compromisso integral com a saúde, destina 100% de seus recursos em assistência médica aos indivíduos que utilizam o SUS, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.
Desde sua criação, há 36 anos, a FIDI vem organizando sua estrutura e desenvolvendo mecanismos de transparência, planejamento e execução das ações, para que sejam efetivas e beneficiem quem realmente necessita. Com isso em mente e reforçando seu papel e compromisso com a saúde da população, a instituição realiza ao longo do ano, em todas suas unidades e comunidades em que está presente, projetos de relevância social.
O retorno do investimento é fruto de uma soma de ativos que colocam a Fundação como uma das principais Organizações Sociais de Saúde do País, onde conseguimos unir atendimento humanizado, comprometimento com o paciente, tecnologia de ponta, além de eficiência na gestão de recursos.
E não é de hoje que as campanhas de saúde da fundação são referências quando falamos na promoção da conscientização da população acerca da prevenção de doenças. A campanha Todos Pelo Rosa, por exemplo, acontece no intuito de diagnosticar precocemente o câncer de mama.
Desde 2018, quando teve início, a FIDI realizou gratuitamente mais de 2 mil mamografias, 300 ultrassonografias de mamas, 340 exames complementares e 41 biópsias.
Além da saúde, a FIDI também estabeleceu um compromisso na área da educação através da capacitação e formação de novos profissionais ao instituir o projeto Mundo do Trabalho, que visa orientar jovens em fase pré-vestibular sobre as possibilidades de caminhos profissionais, por meio de histórias de colaboradores da instituição, que explicam um pouco mais sobre suas áreas e atividades.
Por fim, as instituições filantrópicas são parte fundamental do sistema de saúde público brasileiro, uma vez que além de serem genuínas para o exercício da cidadania, também complementam os governos municipais, estaduais e federal para promover o acesso universal à saúde, conforme estabelecido pela Constituição.
Com isso em mente, é essencial que, assim como a FIDI, entidades compreendam a importância da filantropia no processo de transformação da saúde no país, no intuito de proporcionar e, principalmente, garantir saúde de qualidade à toda população brasileira.
*Marcelo Cunha, CEO da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI)