Em julho, despesas para cobrir o atendimento aos beneficiários consumiram 82% das receitas, chegando a R﹩ 13,5 bilhões; média por trimestre iguala período pré-Covid
A FenaSaúde (que representa os 15 maiores grupos de planos médicos e exclusivamente odontológicos do país) fez um levantamento sobre o quanto essas operadoras já investiram para custear o tratamento de Covid para seus beneficiários, de março de 2020 até junho deste ano. São R﹩ 16,8 bilhões pagos a hospitais, laboratórios e profissionais de saúde somente com exames de Covid e internações hospitalares (com ou sem necessidade de UTI).
Vera Valente ainda faz mais uma ressalva em relação ao futuro. “A junção da diminuição das restrições sanitárias em muitos Estados brasileiros com o aumento dos casos de Covid-19 ocasionados pela variante delta, infelizmente, vai obrigar muitas pessoas a procurarem atendimento médico. Ou seja, a última metade do ano se projeta bastante preocupante para o setor.”
Aprovação em alta
Os planos médicos de saúde ganharam 1,7 milhão de novos beneficiários entre junho de 2020 e julho de 2021 em todo o país, segundo dados da agência reguladora. Ou seja, a pandemia acentuou a necessidade dos brasileiros de contarem com o atendimento de qualidade oferecido pelos convênios médicos.
Mas, além de volume, os planos de saúde conseguiram, no último ano, algo ainda mais importante: a avaliação positiva recorde dos serviços prestados.
É o que indica um estudo realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que mostrou que 84% dos beneficiários estão muito satisfeitos com os planos de saúde. Em 2019, esse índice era de 80%. Dentre os quesitos mais bem avaliados está o que se refere à cobertura dos planos de saúde, cuja aprovação passou de 15%, em 2019, para 25%, em 2021.