Alergista, membro da Doctoralia, explica a importância da imunização na pandemia
Em meio a pandemia do coronavírus, no começo deste mês, o Governo decidiu ampliar a vacinação contra a gripe para toda a população brasileira e reforçar a importância da imunização em massa. E por que isso? Bom, o principal motivo é a possibilidade da coinfecção.
De acordo com a médica alergista Manoela de Magalhães Hoff , membro da Doctoralia , “é possível contrair ao mesmo tempo tanto o vírus da gripe quanto o da Covid-19 e, estando com o sistema imunológico já comprometido, o paciente pode ter complicações graves, por isso, a vacinação, principalmente contra doenças respiratórias, é tão importante neste momento.”
Além disso, da mesma maneira que estão surgindo mutações do coronavírus, a gripe é uma doença que sofre diversas alterações ao longo do ano e a tendência é que o vírus se torne resistente às vacinas com o tempo. Com isso em mente, anualmente são produzidas novas vacinas que buscam ampliar a cobertura contra essas novas cepas mais resistentes do vírus.
Gripe ou Covid: o que fazer?
As duas doenças são bastante similares, pois acometem o sistema respiratório e os sintomas de mal-estar, febre, tosse e congestão nasal podem confundir, mas, de acordo com a alergista, é possível ficar atento a algumas diferenças.
“Quando se tem gripe, geralmente, são sintomas agudos, ou seja, que já começam de forte intensidade, diferente da Covid, que também pode ter os mesmos sintomas, mas com uma evolução mais lenta. Ou seja, o paciente começa com sintomas leves e, lá para o final da primeira semana, começam a se agravar, além, é claro, do diferencial que é a falta de olfato e paladar, bastante comum, mas nem sempre presente”, explica a médica.
Por isso, se estiver suspeitando de gripe ou resfriado, o paciente deve prestar atenção a alguns cuidados. “As principais medidas para cuidar de uma gripe são: repouso, ingestão de bastante líquido, uma dieta balanceada e os medicamentos para tratamento dos sintomas, que incluem os antigripais, analgésicos, antitérmicos e expectorantes”, pontua Dra. Manoela.
Se a gripe for insistente ou o paciente tiver tido contato com alguém sabidamente com coronavírus, talvez seja necessário se testar para a doença ou o uso de medicações mais específicas como antibióticos, sempre com prescrição e indicação médica. Mas, se for algo mais leve, como o resfriado, em que a congestão nasal e a coriza são os sintomas que mais incomodam, é indicado apenas o uso de medicações para aliviar estes sintomas.