O presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Adelvânio Francisco Morato, foi um dos palestrantes desta quarta-feira, 18, durante o Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS). O evento integrou a programação da Hospitalar, o mais importante evento de saúde e principal plataforma de negócios e networking da América Latina, que acontece até a próxima sexta-feira, 20, no São Paulo Expo (SP).
Convidado para falar sobre os “hospitais e serviços privados independentes, a saúde suplementar e o SUS”, Adelvânio Morato apresentou a radiografia da rede hospitalar privada brasileira, destacou números do setor, e foi enfático ao tratar dos principais problemas enfrentados antes, durante e após a pandemia.
“A realidade da rede hospitalar brasileira não são os grandes complexos hospitalares, mas ao contrário. Mais da metade dos nossos hospitais têm até 50 leitos. Sete em cada 10 estão em cidades com menos de 500 mil habitantes, e 56% deles realizam atendimento pelo SUS”, destacou.
De acordo com ele, o Brasil precisa priorizar políticas que promovam a sobrevivência desses pequenos hospitais, pois em muitos locais eles são a única opção de assistência para milhares de brasileiros. “Gostaria muito de estar falando de tecnologias, de transformações digitais, mas a nossa realidade é outra. Precisamos discutir políticas que promovam o socorro financeiro desses estabelecimentos, do contrário, vão fechar as portas e gerar desassistência nos lugares mais necessitados”.
Participaram do painel o presidente da Central Nacional Unimed, Luís Paulo Tostes Coimbra, que abordou “os hospitais e serviços de saúde em grandes sistemas assistenciais nacionais”; e a diretora corporativa de Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital e Rede Santa Catarina, Camila Sardenberg, ue abordou “As redes hospitalares privadas, a saúde suplementar e o SUS”. A moderação ficou a cargo da gerente operacional da Organização Nacional de Acreditação (ONA), Gilvane Lolato.
Com o tema “Saúde e o mundo pós-pandemia”, o CISS 2022 reúne 23 especialistas do Brasil e de outros quatro países – Argentina, Estados Unidos, Espanha e França -, para debater o impacto da crise sanitária sobre a assistência hospitalar e os rumos da saúde suplementar, da acreditação e da segurança do paciente.