Em tempos de pandemia, isolamento social e sentimentos aflorados, tema ganhou ainda mais urgência, afirma especialista do CEJAM
Pesquisa do instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, destaca que 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano. Essa porcentagem só é maior em quatro países: Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%).
Um relatório de 2017 da OMS (Organização Mundial da Saúde) já apontava o Brasil como um país de grande prevalência de transtornos de ansiedade nas Américas: 9,3% da população, o equivalente a 18,6 milhões de pessoas.
Segundo a psicóloga Ligia Kaori Matsumoto, que atende na UBS Alto da Riviera, gerenciada pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, a campanha foi criada no Brasil em 2015 para dar mais ênfase ao tema, com ações de conscientização e debates que possibilitem a quebra de paradigmas e a redução do preconceito que envolve o grave problema.
“As ações do Setembro Amarelo funcionam como uma forma de prevenção e sensibilização, tanto àqueles que podem estar passando por algum tipo de sofrimento, quanto às pessoas próximas, na detecção de fatores que identifiquem quando um ente querido não está bem”, explica.
O atendimento é realizado em sigilo total, por meio de telefone (188), e-mail, chat ou ainda pessoalmente. Os canais e endereços estão disponíveis no site www.cvv.org.br.
Mais de 3 milhões de pessoas são atendidas anualmente pelo CVV, que oferece mais de 4 mil voluntários localizados em 24 estados e no Distrito Federal.