“A conta não fecha mais e quem faz hemodiálise pelo SUS tem prejuízo”, afirma presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia
O setor de diálise está passando por uma crise e por um subfinanciamento há décadas e, mesmo com o reajuste da diálise na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2017, a situação continua crítica e a beira de um colapso.
No último mês de junho, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania – SC) informou que a Comissão Externa da Câmara dos Deputados sobre Enfrentamento à Covid-19 pediria ao Governo Medida Provisória (MP) para a liberação de recursos emergenciais para os serviços de diálise. Durante a audiência que debateu o tema, e a qual a SBN também participou, a parlamentar reforçou a revisão da tabela do SUS.
“Com a inflação anual sob os insumos e, agora principalmente, com a pandemia da Covid-19, a conta não fecha mais e quem faz hemodiálise pelo SUS tem prejuízo, pois o tratamento renal não pode e nem deve ser pausado, isso afeta diretamente a qualidade de vida do paciente. No entanto, hoje, é inviável manter uma clínica de diálise dependente só do SUS. O reajuste é urgente para a crise não se agravar ainda mais”, afirma Dr. Osvaldo Merege Vieira Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia.