Dezembro Laranja: especialista responde principais dúvidas sobre o câncer de pele

De Rafael
De todos os diagnósticos cancerígenos no Brasil, o câncer de pele compõe uma parcela considerável de 33% deles. Apesar das campanhas de conscientização, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra anualmente cerca de 185 mil novos casos. Com o intuito de celebrar o Dezembro Laranja, campanha pela prevenção ao câncer de pele, a Doctoralia junto com o dermatologista Vinicius Lippi respondem às principais dúvidas sobre o assunto.

Para saber sobre os tipos, tratamentos, prevenção do câncer de pele e cuidados essenciais no dia a dia, não deixe de conferir!

ABC do câncer de pele

Existem dois tipos de câncer de pele: o não melanoma e o melanoma. O primeiro, que corresponde a 95% dos casos, é menos agressivo pois ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas, podendo comprometer estas estruturas. Já o segundo tipo, apesar de serem mais raros, apresentam grande risco de metástase e mortalidade se não forem detectados e operados precocemente.

Além disso, a identificação do tumor pode ser difícil de ser feita. Isso porque, ele pode parecer uma “espinha que não cicatriza’’ ou uma manchinha, não dói e nem sempre sangra ou causa irritação. De acordo com o Dr. Vinicius, “o surgimento destes tumores podem vir em diversos formatos, como uma pinta que se altera, mancha vermelha com aspereza ou casquinha que não cicatriza, verrugas que formam crostas ou sangram”.

Tratamento

“Na maioria dos casos realizamos a cirurgia, que já é curativa, sem a necessidade de outros tratamentos adicionais como radioterapia ou quimioterapia”, afirma o dermatologista. Nos casos de lesões pequenas, a cirurgia pode ser realizada em consultório, com anestesia local e o paciente retorna para casa logo após o término do procedimento. A recuperação costuma ser rápida e com poucas restrições.

A prevenção do câncer de pele é fundamental, afirma o Dr. Vinicius, e deve ser feita através do uso frequente de protetor solar com FPS 30 ou maior, o uso de chapéus, bonés, roupas com proteção UV (ultravioleta) e evitar exposição solar entre os horários das 10h as 16h. “Quanto mais clara a pele e maior for a exposição solar na vida, maiores são os riscos de desenvolvimento dos cânceres. As queimaduras solares, mesmo que esporádicas, principalmente na infância e juventude, aumentam o risco do surgimento de câncer de pele na vida adulta”. Além disso, a consulta anual com dermatologista, para o check up geral da pele, auxilia bastante na detecção precoce de lesões potencialmente perigosas.

No dia a dia, como devemos cuidar da pele?

Para cada tipo de pele existem os produtos mais adequados, mas geralmente a limpeza facial deve ser feita com sabonete líquido duas vezes ao dia e o uso da solução micelar, já que é o único produto que remove poluição. O uso de hidratante é fundamental para todos os tipos de pele e deve ser aplicado sempre pela manhã antes do filtro solar. Já o período noturno é ideal para o uso de cremes anti-idade como vitamina C, ácidos, antioxidantes e clareadores. Evitar banhos quentes e longos, buchas abrasivas e excesso de sabonete, pois podem contribuir para ressecamento e dermatites. Vale lembrar que hábitos alimentares saudáveis, prática de exercício físico regular, ingestão de água e boas noites de sono contribuem para a saúde física, mental e da pele. Quanto antes for iniciado o devido cuidado da pele, menor será o envelhecimento, o surgimento de manchas e rugas além da prevenção do câncer de pele.

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