Em tempos de pandemia, alertar para os riscos do tabaco é ainda mais essencial

De Rafael

Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz explicam as principais consequências de manter o hábito de fumar

Todo ano, mais de 200 mil pessoas morrem no Brasil em decorrência do consumo do cigarro. No mundo, esse número chega a 8 milhões, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Carlos Teixeira faz o alerta: “as pessoas precisam parar de fumar o mais rápido possível”.

Parar de fumar é fundamental, ainda mais durante a pandemia do novo coronavírus. O Dr. Elie Fiss, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que o consumo de tabaco é um fator de risco importante para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), além do fumante ser acometido com mais frequência por infecções como pneumonias e sinusites. “Se levarmos em conta as doenças listadas como fatores de risco para complicações pelo novo Coronavírus como hipertensão, diabetes e doenças pulmonares, o tabagismo pode levar a todos elas”, diz.

O especialista também explica que o consumo do cigarro é, também, um dos principais fatores de risco para doenças crônicas. “O tabagismo é causador de enfisema pulmonar, bronquite crônica e doenças cardiovasculares. Mais de 50 doenças crônicas são causadas pelo consumo do cigarro”, afirma Dr. Elie.

Câncer de pulmão e tabagismo

O Dr. Carlos Teixeira ainda faz alerta à incidência do câncer de pulmão que está diretamente ligada ao tabagismo. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pulmão é o segundo mais incidente na população, tanto em homens quanto em mulheres. O Inca ainda afirma: o tabagismo pode ser considerado como um fator de risco para a Covid-19. “Esses pacientes já apresentam um comprometimento da sua capacidade pulmonar e, com isso, têm chances mais claras de desenvolver quadros graves da infecção pelo novo Coronavírus. De uma maneira geral, é essencial que o tabagista pare de fumar o quanto antes, tendo vista que o cigarro é o principal fator de risco para o desenvolvimento das doenças pulmonares”, diz.

O Dr. Elie Fiss explica que o atendimento para quem quer parar de fumar é multidisciplinar e individualizado de acordo com cada necessidade, “procurar um serviço médico privado ou público é eficaz para os tabagistas terem o auxílio necessário neste processo para abandonar o vício. Muitas pessoas têm medo de parar de fumar, mas com o serviço oferecido pelo Hospital o caminho se torna menos complicado”, diz.

Segundo a OMS, cerca de 780 milhões de pessoas dizem querer parar de fumar em todo o mundo, mas muitas delas não têm acesso à serviços úteis e apoio para cessar o consumo de tabaco, por isso em 2021 lançaram a campanha “Comprometa-se a parar de fumar durante a Covid-19”.

No Hospital Alemão Oswaldo Cruz é oferecido tratamentos específicos para a necessidade de cada paciente, com psiquiatras, pneumologistas e terapeutas que fazem o acompanhamento conjunto para designar as melhores medidas para cada pessoa.
Crédito da imagem: Freepik

Veja também