• Resultado foi impactado por avanço nos preços de medicamentos atuantes no sistema nervoso (+12,93%) e musculesquelético (+12,55%);
• Índice superou alta do IPCA/IBGE (+0,83%) e taxa média de câmbio (-4,87%);
• Em 2021, o IPM-H já acumula uma alta de 15,62%.
Os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil sofreram alta de 1,73% em maio, de acordo com o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador inédito criado pela Fipe em parceria com a Bionexo – health tech líder em soluções digitais para gestão em saúde.
A alta foi alavancada pelo avanço nos preços de medicamentos atuantes no sistema nervoso (+12,93%) e musculesquelético (+12,55%). Outros itens que tiveram alta foram órgão sensitivos (+3,74%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+2,84%), preparados hormonais sistêmicos (+1,93%), aparelho cardiovascular (+0,76%), aparelho geniturinário e hormônios sexuais (+0,64%) e imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+0,02%).
Comparativamente, a variação do IPM-H em maio superou o comportamento do IPCA/IBGE de maio (+0,83%) e da taxa média de câmbio (-4,87%), mas foi inferior ao IGP-M/FGV (+4,10%) no período.
Em 2021, o IPM-H já acumula uma alta de 15,62%. Contribuem para essa variação as altas nos seguintes grupos: sistema nervoso (+37,54%), sistema musculesquelético (+25,41%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+21,74%), aparelho digestivo e metabolismo (+15,30%), anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (+14,42%), aparelho cardiovascular (+13,00%), entre outros.
Nos últimos 12 meses encerrados em maio, a elevação registrada no índice é de 18,50%. Nesse recorte ampliado, os grupos que mais contribuíram para a alta do IPM-H foram: sistema nervoso (+56,72%), aparelho digestivo e metabolismo (+44,49%), sistema musculesquelético (+33,48%), preparados hormonais sistêmicos (+27,61%) e sangue e órgãos hematopoiéticos (+27,13%).
Em contraste, os grupos com as menores variações incluíram: anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (+1,14%), órgãos sensitivos (+7,48%), aparelho respiratório (+7,71%), agentes antineoplásicos/ quimioterápicos (+9,55%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+10,23%) e medicamentos atuantes no aparelho geniturinário e hormônios sexuais (+10,59%).
Cabe lembrar que os grupos com as maiores altas incluem medicamentos utilizados em casos graves de COVID-19, como é o caso da: norepinefrina (terapia cardíaca e suporte vital), fentalina (analgésico), propofol (anestésico), midazolam (hipnótico/sedativo/ tranquilizante), omeprazol e pantoprazol (antiácidos utilizados no tratamento de dispepsia/úlcera gástrica e outros distúrbios gastrointestinais).
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