Por ser o primeiro presencial após a pandemia, o evento envolve muita expectativa e engajamento de todos os profissionais da especialidade
Foram dois anos de espera para estes três dias de imersão (29/06, 30/06 e 01/07) que vão acontecer no Pavilhão de Exposições da EXPOMINAS, em Belo Horizonte, nos quais serão promovidas dezenas de sessões científicas divididas em salas temática para a atualização, ensino e discussão de casos, além de diretrizes, recomendações, novidades e inovações da cardiologia intervencionista. “Trata-se do maior evento científico da cardiologia intervencionista brasileira e, apesar do enormes desafios que ainda estamos enfrentando como consequência da pandemia, estamos nos sentindo vitoriosos por poder realizá-lo totalmente presencial”, diz Ricardo Alves da Costa, presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI). “Fomos, provavelmente, a sociedade médica que mais realizou atividades científicas online ao longo da pandemia, pois sabemos da importância de levar o conhecimento a todos os profissionais que atuam na área e promovemos continuamente a capacitação e o avanço da especialidade. Em dois anos, foram dois congressos virtuais com mais de 2000 participantes cada um e inúmeros convidados internacionais, além de mais de 50 webinares e duas dezenas de cursos de educação médica continuada. Mesmo assim, somente um evento presencial possibilita a interação entre os pares, a socialização e união dos cardiologistas intervencionistas, o que, além da troca de conhecimento e informações entre todos, fortalece nossa atuação profissional”.
O congresso terá em torno de 1500 participantes e mais de 35 expositores, além de 10 convidados internacionais confirmados que fazem parte das grandes lideranças da área fora do Brasil. Haverá uma sala principal na qual será abordado o tema “O Estado da Arte da Cardiologia Intervencionista” e salas dedicadas às áreas de intervenção percutânea coronária, estrutural, congênita e extracardíaca e uma específica para os profissionais da enfermagem. Acontecerá também a demonstração de casos a partir de renomados centros internacionais ao redor do globo, e também de destacados centros nacionais da cidade de Belo Horizonte, além de sessões conjuntas com importantes entidades nacionais e internacionais.
Devido a submissão recorde de trabalhos, também haverá muitas sessões dedicadas à apresentação de temas livres e casos clínicos, os quais concorrerão à premiação como forma de incentivo ao desenvolvimento da ciência nacional. Outro destaque do evento serão os simpósios que acontecerão ao longo da programação. Sobre a programação científica, Breno Falcão, diretor científico da SBHCI e coordenador científico do evento diz: “Procuramos elaborar uma programação científica com enfoque prático e abrangente, tratando dos principais avanços, desafios e dilemas da nossa especialidade, trazendo atividades em diversos formatos.” De fato, uma novidade do congresso será um centro de capacitação e treinamento por meio de simuladores e até robótica, que promete capturar a atenção dos participantes. Ele será chamado “Training Village” e possibilitará uma experiência única em tratamentos inovadores e novas tecnologias. Também será possível acompanhar tratamentos e demonstrações de casos que acontecerão ao vivo. “Eles estarão sendo realizados ao vivo em hospitais do Brasil, dos Estados Unidos, da Europa e da China e teremos total interação com os médicos que estarão em campo para que possamos aprender e discutir os casos enquanto eles tratam o paciente”, conta Ari Mandil, presidente do congresso.
Todas essas questões fizeram com que os cardiologistas intervencionistas, que é uma área de atuação da cardiologia na qual o médico realiza procedimentos minimamente invasivos por meio de cateteres no coração e no sistema cardiovascular, estejam totalmente envolvidos e ansiosos com o acontecimento. “Paralelamente ao nosso evento será realizado o congresso mineiro de cardiologia e haverá um intercâmbio de palestras, o que o enriquecerá ainda mais o encontro”, diz Mandil. E tudo isso acontecerá de forma muito segura, já que há um infectologista que em conjunto com os órgãos públicos está acompanhando todos os passos da sua realização para que não haja risco em relação à Covid-19.