Como minimizar os riscos e aproveitar as festas de final de ano de forma mais segura?

De Rafael

Infectopediatra da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo ressalta que as pessoas devem evitar aglomerações e que eventuais encontros devem ocorrer ao ar livre 

O mês de dezembro chegou e com ele vieram as festas de final de ano, tão aguardadas pelos brasileiros, mas que provavelmente serão celebradas de uma forma bastante diferente em 2020. A presença da Covid-19 no País exige que as pessoas redobrem os cuidados para evitar contaminação entre amigos e familiares, especialmente após as últimas semanas, em que foi possível notar um aumento no número de casos. 

Segundo Andrea Mansinho, infectopediatra da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo , é necessário ficar atento, pois se tratam de confraternizações nas quais costuma haver aglomerações e as pessoas acabam se descuidando em relação ao uso de máscara e ao distanciamento social. “São duas medidas ainda extremamente importantes enquanto não tivermos uma vacina que possa controlar a pandemia causada pelo novo coronavírus”, ressalta a médica. 

Com os casos de Covid-19 aumentando, a decisão de se reunir deve ser muito bem ponderada, especialmente quando envolvem pessoas em categorias de alto risco como idosos, pacientes diabéticos, cardíacos ou com câncer, por exemplo. “Crianças não estão no grupo de risco, têm baixa mortalidade pela doença, mas podem disseminar o vírus entre familiares rapidamente. Um simples abraço entre uma avó e seu neto pode representar a passagem do vírus”, afirma. 

Para prevenir a doença, a especialista dá algumas dicas: 

Reuniões: o ideal é não se reunir. Porém se você for participar de algum encontro, opte por espaços ao ar livre, onde há circulação do ar e as pessoas de núcleos familiares distintos podem permanecer distantes pelo menos um metro e meio umas das outras. 

Alimentação: Também é fundamental ressaltar que as pessoas mantenham o uso de máscara o máximo de tempo durante o evento. Só devem retirar mesmo quando forem beber ou comer e que isso ocorra com a menor frequência possível. 

Contato físico: nesta época do ano a vontade de abraçar é enorme, mas a recomendação é isso não ocorra, dado o risco de contaminação pelo novo coronavírus. “Sabemos que muitas pessoas podem ser pouco sintomáticas ou assintomáticas e que o vírus começa a ser transmitido antes mesmo da manifestação dos sintomas. Portanto, todo cuidado é pouco. Além disso, caso tenha qualquer sinal ou sintoma sugestivo da doença, não vá às festas”, afirma a especialista. 

É importante destacar que há comprovação científica de reinfecções pela Covid-19 e, portanto, uma pessoa que já teve infecção não fica isenta de todos os cuidados necessários: uso de máscara, higiene frequente das mãos e distanciamento social. “Este será um final de ano atípico, mas com a esperança de que no próximo ano seja possível confraternizar e abraçar novamente”, finaliza a infectopediatra da BP. 

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